Os técnicos estão em uma posição única na indústria de climatização e refrigeração, porque trabalham, geralmente, como prestadores de serviços e vendedores ao mesmo tempo.
Algumas empresas até incentivam seus parceiros a venderem, oferecendo bônus em dinheiro ou outros benefícios.
Contudo, isso leva à seguinte questão: quando um refrigerista deve consertar um equipamento ou recomendar sua troca sem violar princípios éticos?
A maioria dos profissionais do setor parece pensar que a substituição precoce de peças ou de um sistema frigorífico completo é um desserviço ao cliente e também um tiro no próprio pé.
Afinal de contas, a única coisa que torna um técnico realmente útil ao seu contratante é a sua capacidade de diagnosticar problemas e solucioná-los.
Portanto, se um refrigerista decide vender ao cliente um equipamento novo, em vez de consertar o antigo, ele até pode ganhar mais dinheiro no curto prazo, mas dificilmente terá uma clientela fixa em carteira.
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Uma vez que a manutenção preventiva reduz em até 85% o índice de quebra de equipamentos, o caminho é convencer o cliente a contratar estas revisões periódicas, que ainda podem ser atreladas a serviços de limpeza, segundo a visão de muitos profissionais.
Quando um refrigerista sugere, por exemplo, o investimento de R$ 5 mil na troca de um ar-condicionado, o cliente pode achar esse valor alto, o que certamente o levará a chamar outros técnicos ou empresas para avaliarem o possível defeito na máquina.
Por sinal, o problema pode ser bem fácil de resolver. Inclusive, há relatos de casos de vendedores que recomendaram a troca de todo o sistema de refrigeração quando suas unidades condensadoras só estavam muito sujas.
Em situações como esta, é óbvio que o vendedor perde sua credibilidade, tendo sua imagem prejudicada no mercado.
Entretanto, a substituição de um equipamento pode ser urgente e necessária, principalmente num País que ainda investe pouco em soluções tecnológicas mais modernas, devido a questões financeiras e culturais.
As novas tecnologias tendem a ser mais eficientes e, por si só, isso já justifica, em muitos casos, a aquisição de novos componentes ou sistemas completos.
Mas, como dito anteriormente, convencer um cliente a investir na renovação de suas instalações pode não ser uma tarefa fácil.
Enfim, todos querem economizar, mas não é todo mundo que está disposto a pôr a mão no bolso para alcançar índices melhores de eficiência e outras vantagens.