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Climatização

Vendas de ar-condicionado com gás inflamável aumentam na China

Até o momento, 20 linhas de montagem com capacidade de produzir 5 milhões de aparelhos já foram convertidas para utilizar R-290

Por Redação
6 de dezembro de 2021
Sistema de ar condicionado split com propano fabricado pela Midea
País asiático deve acelerar produção de sistemas de ar condicionado com fluido refrigerante de baixo impacto climático nos próximos anos, afirma entidade que representa fabricantes de eletrodomésticos | Foto: Divulgação/Midea

O número acumulado de mini-splits com propano (R-290) vendidos e instalados na China ultrapassou 270 mil aparelhos, segundo a associação local que representa os fabricantes de eletrodomésticos (CHEAA, na sigla em inglês).

Em 2018, oito grandes indústrias chinesas se comprometeram a produzir, até agosto de 2019, pelo menos 220 mil condicionadores de ar residenciais com o fluido refrigerante classificado como altamente inflamável (A3), mas só conseguiram fabricar cerca de 160 mil unidades.

Embora o setor não tenha atingido a meta inicial assumida publicamente no prazo estabelecido, a CHEAA avalia que uma maior aceitação desses splits agora pode ser possível, devido à recente entrada em vigor da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal no país asiático.

Até o momento, 20 linhas de montagem com capacidade de produzir cinco milhões de aparelhos já foram convertidas para utilizar o hidrocarboneto (HC) de baixo impacto ambiental no lugar do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, um fluido refrigerante nocivo à camada de ozônio e com alto potencial de aquecimento global (GWP).

Leia também

  • Splits com R-290 chegam à Europa; novidade promete ‘agitar’ indústria
  • EUA pedem ação global contra comércio ilegal de gás refrigerante
  • China proíbe emissões de R-23, gás refrigerante de alto impacto climático

De acordo com a Emenda de Kigali, a China deverá congelar o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) em 2024 e reduzir gradativamente seu uso a partir de 2029, o que também vai limitar a produção de aparelhos com R-410A – um fluorquímico inofensivo à camada de ozônio, mas com alto GWP – e aumentar a fabricação de produtos com R-290.

Em entrevista ao site Hydrocarbons21.com, um representante da CHEAA declarou que “a ratificação da Emenda de Kigali pelo governo chinês aumentou nossa confiança nessa tecnologia” de baixo impacto climático – o GWP do R-290 é menor que o do dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa (GEE) oriundo das atividades humanas.

Até o momento, a entidade não tem estatísticas precisas sobre as vendas de splits com R-290 no restante do mundo, “mas os fabricantes locais estão tentando promover a comercialização dessas unidades no mercado global”, destacou o porta-voz.

Recentemente, a Midea, indústria que lidera a produção chinesa de splits com R-290, fez a primeira remessa desses produtos para sua sede na Europa, localizada na Alemanha.

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