As vendas de bombas de calor na Europa registraram um aumento de 40% em 2022, chegando a quase três milhões de unidades vendidas, de acordo com dados publicados pela Agência Internacional de Energia (AIE). A invasão russa na Ucrânia contribuiu para essa tendência de crescimento, uma vez que os preços do gás natural e da eletricidade aumentaram significativamente.
Além disso, em 2022, a Comissão Europeia anunciou planos para dobrar a taxa de implantação dessas soluções, conforme proposto inicialmente em um plano da AIE para reduzir a dependência europeia do gás russo, o que também contribuiu para o aumento das vendas.
Países como Polônia e República Tcheca, com mercados emergentes, dobraram o tamanho de suas vendas no último ano. No entanto, quase metade de todas as vendas na Europa ocorreram na Itália, França e Alemanha. Nos países nórdicos, onde as bombas de calor são uma solução de aquecimento estabelecida há muito tempo, quase cinco vezes mais unidades foram vendidas por domicílio em comparação com o restante da Europa.
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Em termos de novas vendas, os países nórdicos e bálticos possuem a maior proporção de unidades ar-ar, que representam entre 50 e 80% das instalações. Já em países como Alemanha e Polônia, as bombas de calor ar-água são a “tecnologia preferida”, enquanto os sistemas híbridos (que combinam bombas de calor com caldeiras a gás) são bastante populares na Itália.
Apesar do aumento expressivo nas vendas de bombas de calor, as caldeiras a gás ainda mantêm uma parcela maior no mercado europeu. Em países como Alemanha e Itália, foram vendidas o dobro de caldeiras de combustíveis fósseis em comparação com bombas de calor em 2022.
No entanto, atualmente existem propostas para eliminar gradualmente as tecnologias e combustíveis mais poluentes. Em toda a Europa, 17 países implementaram ou anunciaram proibições de instalações de caldeiras que funcionam exclusivamente com algum tipo de combustível fóssil.