Sob forte pressão política, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou, na noite de ontem (27), um pacote de ajuda de US$ 900 bilhões à economia americana diante da pandemia da covid-19.
O projeto de lei, aprovado pelo Congresso na semana passada, inclui um acordo climático bipartidário costurado para reduzir a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) com alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) no país.
A nova legislação americana de incentivo à economia atribui à Agência de Proteção Ambiental (EPA) o poder de restringir esses gases de efeito estufa de acordo com a Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, pacto internacional que o país ainda não ratificou.
A nova lei também inclui regulamentações para melhorar o gerenciamento, a reciclagem e a regeneração de fluidos refrigerantes e aprimorar os procedimentos de manutenção, reparo e disposição final de equipamentos.
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Na semana passada, organizações ambientalistas e representantes do setor de refrigeração e ar condicionado celebraram a iniciativa dos parlamentares americanos.
A ativista Avipsa Mahapatra, líder de campanha da Agência de Investigação Ambiental (EIA), descreveu o projeto de lei como “a legislação climática mais significativa a ser aprovada no Congresso dos Estados Unidos em mais de uma década”.
“Nossa indústria lutou por mais de 10 anos para conseguir isso”, comentou o presidente do Instituto de Ar Condicionado, Aquecimento e Refrigeração dos EUA (AHRI), Stephen Yurek.
O Fórum Global de Tecnologias Climáticas Avançadas (GlobalFact), círculo de reflexão ambiental apoiado pelas principais indústrias do setor de fluorquímicos, declarou que “a nova lei estimula a transição para uma nova geração de refrigerantes alternativos, incluindo HFCs de baixo GWP, hidrofluorolefinas (HFOs) e misturas” menos poluidoras.