O drástico corte de 40% no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações este ano não afetou o cronograma das obras do novo acelerador de partículas Sirius, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP).
Considerado o maior projeto científico da história brasileira e o estado da arte da física, o superlaboratório de 68 mil m² está sendo construído para colocar o País na liderança mundial de produção de luz síncrotron de quarta geração, a mais brilhante da sua classe de energia.
Com ela, é possível fazer um verdadeiro raio-X da estrutura atômica de materiais orgânicos ou sintéticos, abrindo caminho para a inovação em diversas áreas do conhecimento.
No Sirius, uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos. Por isso, o projeto é aguardado com ansiedade pela comunidade científica internacional.
Leia também
Congelamento de sêmen protege onça pintada
Midea fornece ar-condicionado para estádios da Copa do Mundo
Indústria de chillers usará substituto do R-134a
O superlaboratório deve emitir o primeiro feixe de luz em 2018 e ser aberto aos usuários em 2019. O edifício está sendo erguido em uma área de 150 mil m², com paredes de concreto com 1,5 m de espessura e rede hidráulica para água gelada com cerca de 3,5 km.
Nele, serão instalados 12 resfriadores de líquido centrífugos condensados a ar fabricados pela Transcalor, com 15 m de comprimento cada, totalizando 5,4 mil toneladas de refrigeração (TR) de capacidade.
“A tecnologia embarcada nos chillers de alta eficiência fornecidos para o Projeto Sirius será responsável tanto pela refrigeração do acelerador de partículas, quanto pela climatização de todo o processo e de todo o ambiente do laboratório”, explica o CEO da indústria brasileira, Diego Nista.
Projetados pela Smardt Chiller Group, os equipamentos são dotados do mais avançado tipo de compressor existente no mundo, o Danfoss Turbocor.
Todas estas características resultam na principal vantagem destes chillers: a altíssima eficiência energética, com valor integrado de carga parcial (IPVL) na ordem de 0,32 kW/TR na condensação a água, e de 0,52 kW/TR na condensação a ar.
Revestimento versátil
Outra grande indústria do setor, a Armacell também está fornecendo isolante térmico para o complexo científico 100% nacional.
Trata-se de um revestimento estruturado em PVC retardante à chama, com camada em alumínio puro e filme de proteção às intempéries, que deverá ser utilizado nas tubulações de água gelada.
Segundo a empresa, sua versatilidade, flexibilidade e excelentes propriedades de resistência à permeabilidade de vapor de água e às condições climáticas mais adversas garantem a especificação para o Projeto Sirius.
“O extremo grau de precisão e qualidade que envolve toda a construção e os equipamentos deste projeto foi determinante para a escolha material”, informa a Armacell.
De acordo com a companhia, serão instalados aproximadamente 11 mil m² do revestimento em todo o sistema de ar condicionado do Sirius.