Um selante italiano desenvolvido para o reparo permanente de microfuros de até 0,3 milímetro em partes metálicas e peças de borracha de sistemas de refrigeração e ar condicionado promete ajudar a reduzir os enormes impactos econômicos e ambientais causados pelo alto volume de vazamentos de fluidos refrigerantes registrado anualmente no mercado brasileiro.
Trata-se do Extreme Ultra, produto introduzido no País pela Quimital. Segundo o distribuidor, a substância atua por afinidade com os materiais do sistema sem criar nenhuma reação química e pode ser utilizada em equipamentos frigoríficos estacionários e automotivos.
O selante é compatível com todos os tipos de lubrificantes e fluidos frigoríficos, com exceção da amônia, informa a Quimital, ao ressaltar que o aditivo “age durante a operação normal do sistema e o tempo necessário para vedação completa do microvazamento é de aproximadamente 30 minutos, dependendo do seu tamanho e forma”.
A companhia também salienta que o Extreme Ultra é isento de polímeros e não reage com oxigênio e umidade, sendo seguro para todos os componentes do sistema e fácil de aplicar, pois basta apenas o refrigerista conectar o adaptador de sua seringa na linha de baixa pressão do sistema e injetá-lo.
“É um produto de ação permanente que reduz custos e tempo de parada para manutenção, restaurando a troca de calor das linhas de refrigeração sem se acumular nas válvulas de expansão e/ou no filtro secador”, ressalta a mestre em engenharia de materiais Fabiana Rodrigues.
Segundo ela, uma seringa de Extreme Ultra contendo seis mililitros do produto pode ser aplicada em sistemas de até 21 kW (6 TR ou 72 mil BTU/h). “Vazamento de fluido refrigerante é sinônimo de um desperdício imenso que afeta o bolso e o planeta ao mesmo tempo”, reforça a especialista.
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Além de prejudicar a camada de ozônio e contribuir para o aquecimento global, os vazamentos de R-22, por exemplo, geram, de acordo com o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), um prejuízo anual de R$ 500 milhões só para os supermercados do País.
“Os vazamentos são fruto do desgaste inevitável do sistema durante sua operação, assim como de um projeto inadequado e da falta de boas práticas de instalação e manutenção”, alerta Rodrigues.
Atualmente, 80% das importações brasileiras de R-22, principal fluido utilizado nos supermercados, são destinadas a recargas em sistemas instalados, dado que exemplifica bem o volume absurdo de escapes para a atmosfera.
“O Extreme Ultra aprimora o controle de vazamentos em instalações industriais, comerciais, residenciais e sistemas de metrôs, trens, automóveis, ônibus, caminhões e de máquinas agrícolas”, ressalta.
“Por isso, o produto faz parte de um seleto grupo de soluções tecnológicas diferenciadas que mitigam emissões de poluentes climáticos e, de quebra, reduzem o desperdício de energia e ajudam a poupar recursos financeiros”, afirma.
“Além de reduzir os gastos com reposição de refrigerantes, o Extreme Ultra contribui para estender a vida útil de sistemas antigos, que geralmente são os mais problemáticos em relação às fugas dessas substâncias”, acrescenta.
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