A Superfrio, indústria de racks de compressores e câmaras frias sediada em Jundiaí (SP), está dando mais um passo relevante na consolidação de sua liderança na transição para fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) no mercado de refrigeração comercial.
Nos últimos tempos, a empresa tem apresentado ao mercado inovações significativas que prometem estabelecer novos padrões na indústria, conforme ficou claro durante sua participação na 22ª Febrava, a principal mostra latino-americana do setor, promovida entre 12 e 15 de setembro no São Paulo Expo.
Marco Bruno Costa, engenheiro de aplicação da companhia paulista, destaca como exemplo as novas unidades condensadoras equipadas com compressores semi-herméticos fornecidos pela Dorin.
“Esses equipamentos, montados com microcanal, demandam uma carga de fluido refrigerante 30% menor em relação a máquinas convencionais”, revela.
“Isso não apenas proporciona uma economia significativa de custos, mas também atende às diretrizes do Protocolo de Montreal e da Emenda de Kigali”, completa.
A resposta às demandas ambientais do setor é uma tendência que a Superfrio tem acompanhado de perto. Um dos casos de sucesso mais recentes do fabricante foi a colaboração com uma unidade do Sam’s Club, onde a indústria paulista teve a oportunidade de implementar seu primeiro rack com R-290, fluido que possui GWP de apenas 1.
“A principal tendência que estamos vendo em nosso mercado é o apelo ecológico, especialmente em relação aos fluidos refrigerantes e à eficiência energética, o que também se traduz em sistemas frigoríficos com inversores de frequência, ventiladores eletronicamente comutados, válvulas de expansão eletrônicas e automação completa”, afirma o engenheiro.
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Segundo Marco Costa, a Superfrio tem estado na vanguarda dessas mudanças, trabalhando também com outras substâncias de baixo GWP, como o dióxido de carbono (R-744) e o R-454C, um composto à base de hidrofluorolefina (HFO) comercializado pela Chemours sob a marca Opteon XL20.
“Inclusive, acabamos de inaugurar uma loja de uma grande rede supermercadista em Sorocaba (SP) utilizando essa HFO. Por ter um GWP de apenas 148, o R-454C representa um avanço significativo em relação aos refrigerantes tradicionais, como o hidroclorofluorcabono (HCFC) R-22, que, além de ser nocivo à camada de ozônio, tem um GWP de 1.810, e o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A, cujo GWP é de 3.920”, informa.
“Além disso, a mistura à base de HFO proporciona um coeficiente de desempenho (COP) superior, o que resulta em maior eficiência energética”, acrescenta.
Sobre os compressores semi-herméticos da Dorin apresentados na última edição da Febrava, ele ressalta que o range de capacidade dos produtos distribuídos pela Superfrio variam desde equipamentos pequenos de 2 hp até compressores de 45 hp com seis cilindros.
“Essas soluções atendem desde expositores frigoríficos simples até grandes câmaras frigoríficas, fazendo dessas tecnologias uma escolha versátil para uma ampla variedade de necessidades comerciais”, enfatiza.
Outro produto em destaque da Superfrio no mercado de refrigeração comercial é sua linha compressores abertos remanufaturados com peças 100% originais.
“Esse processo meticuloso inclui a remoção de toda a tinta antiga e a realização de rigorosos testes elétricos e mecânicos para garantir total confiabilidade”, diz o especialista, ao ressaltar que a empresa está atualmente no seu auge em termos de tecnologia e inovação no setor.