Os chillers resfriados a água com capacidade de refrigeração igual ou superior a 1.055 quilowatts (kW) e usados para fins de ar condicionado terão sua venda proibida em Singapura, caso esses equipamentos utilizem fluidos refrigerantes com potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) superior a 15.
Objetivamente, a nova legislação ambiental do país asiático, que deverá entrar em vigor em 1º de outubro de 2022, visa acabar com o comércio de máquinas com o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a e abrir mercado para chillers com substâncias de baixo impacto climático.
Na mesma data, as vendas de aparelhos de ar condicionado domésticos que utilizem refrigerantes com GWP superior a 750 e refrigeradores domésticos com GWP de mais de 15 também serão proibidas.
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Para reduzir emissões de hidrofluorcarbonos (HFCs), o trabalho de manutenção que envolve manuseio e recolhimento do refrigerante deverá ser supervisionado ou realizado por pelo menos um técnico certificado.
A exigência se aplicará, inicialmente, a serviços realizados em chillers resfriados a água, nos quais pelo menos um técnico certificado deve estar presente no local.
Eficiência energética
No final do ano passado, Singapura introduziu requisitos mínimos de eficiência energética para chillers industriais resfriados a água.
Os sistemas de água gelada para resfriamento de processos e ambientes demandam, aproximadamente, 16% da eletricidade consumida nas instalações industriais em Singapura, o que faz dos chillers o segundo sistema que mais consome energia na indústria.
Mais de 70% desses sistemas também estavam operando de forma ineficiente. Os chillers resfriados a água são o tipo predominante máquinas instaladas e respondem por mais de 90% da eletricidade consumida pelos sistemas de água gelada em Singapura.