Comerciantes e profissionais de refrigeração de Minas Gerais estão organizando uma campanha de ajuda humanitária às vítimas do desastre ambiental causado pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, nos arredores de Belo Horizonte, na última sexta-feira (25).
Na ocasião, um rio de lama tóxica marrom avermelhada devastou uma comunidade próxima localizada em Brumadinho. Até a tarde de hoje (27), quase 40 mortes foram confirmadas e mais de 250 pessoas ainda estavam desaparecidas em meio aos rejeitos de mineração da Vale.
Segundo declaração feita à imprensa pelo secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, não há demanda de donativos em Brumadinho.
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“É importante que [as pessoas] não façam campanhas de doação, não há necessidade, as famílias não estão precisando de doações de roupa, de nada disso. Não é necessário água, não é necessário campanhas fora daqui. Aqui está tudo controlado”, ressaltou.
Entretanto, a situação na região do desastre ambiental não é bem assim, de acordo com a refrigerista Leylla Lisboa, proprietária da Circuito Soluções em Climatização, empresa de vendas, instalação e manutenção de ar-condicionado sediada em BH.
“Ao contrário do que aparece na grande mídia, as pessoas estão, sim, passando muitas necessidades. Estão necessitando de apoio. São pessoas humildes, muito simples”, disse.
“Temos parceiros nossos com familiares em apuros. Por isso, a gente gostaria que a turma da área de refrigeração se mobilizasse em prol dessa causa, doando roupas, produtos de higiene e limpeza, água e alimentos. Os sobreviventes dessa tragédia contam com isso”, afirmou.
Segundo a empresária, postos para arrecadar donativos foram montados em quatro empresas do setor na capital mineira: Carvagel Refrigeração, Circuito Soluções em Climatização, Eletrogel Refrigeração e Top Tec Refrigeração.
O grupo de comerciantes planeja levar as primeiras doações aos sobreviventes do desastre em Brumadinho na quarta-feira (30) e no sábado (2).
