A necessidade de ações eficazes de proteção climática tem ficado cada vez mais evidente, com a indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (AVAC-R) seguindo na vanguarda dessas mudanças, principalmente no que se refere à adoção de fluidos refrigerantes mais sustentáveis.
Nesse sentido, uma das tendências mais significativas atualmente é a transição para substâncias levemente inflamáveis (A2L) de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).
“Com a pressão crescente de regulamentações ambientais e uma consciência pública mais afiada sobre as mudanças climáticas, os fabricantes de equipamentos estão buscando alternativas mais amigáveis ao clima”, diz o especialista de serviços técnicos e desenvolvimento de mercado da Chemours no Brasil, Lucas Fugita.
É nessa perspectiva que o engenheiro químico ministrará palestra no 23º Encontro Nacional de Projetistas e Consultores (ENPC), na próxima segunda-feira (11/9), das 9h50 às 10h30, no São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista.
“A transição para fluidos refrigerantes A2L requer uma nova abordagem no tocante a treinamentos e a práticas de serviços”, ressalta.
De acordo com Fugita, os fluorquímicos dessa classe de segurança são produzidos a partir de várias composições, como hidrofluorolefinas (HFOs) e hidrofluorcarbonos (HFCs) puros, ou misturas entre ambos, a fim de reduzir emissões diretas de carbono e elevar o desempenho de máquinas projetadas para operar com essas soluções.
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Em geral, prossegue o especialista, os fluidos refrigerantes A2L estão entre as poucas opções capazes de atender tanto os requisitos regulatórios quanto os de eficiência e de custos dos sistemas, o que tem impulsionado a inovação em toda a indústria.
“Os engenheiros, mecânicos, técnicos e instaladores não precisam mudar completamente suas práticas, mas, obviamente, devem estar mais atentos a questões de segurança”, explica.
Segundo o especialista, diversos países já possuem regulamentações para facilitar a adoção de fluidos refrigerantes A2L.
“Embora a transição para os A2L seja promissora, ainda existem desafios, o que inclui a necessidade de se investir em novas instalações e algumas ferramentas específicas”, avalia.
“A adoção deles representa um passo significativo para tornar a indústria de refrigeração e ar condicionado mais sustentável. Com os desenvolvimentos atuais em tecnologia e foco no meio ambiente, o setor está claramente se movendo na direção de um futuro mais verde e eficiente”, acrescenta.
Realizado paralelamente à 22ª Febrava, o ENPC deste ano promete ser uma plataforma valiosa para o compartilhamento de conhecimento técnico e avanços no setor.
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