Faça sol ou chuva, sistema mantém temperatura e umidade ideais no gramado | Foto: Shutterstock
Em junho próximo comemora-se uma década desde a segunda Copa do Mundo realizada em nosso país. Mas, pelo menos em um ponto, ela foi inédita: nunca tivemos tantos estádios de fazer inveja a alguns dos melhores do planeta.
O que poucos sabem, porém, é que em um deles já havia tecnologia de AVACR embarcada sob o gramado, e ela faz sucesso até hoje por lá.
Palco da partida inaugural e mais 5 jogos durante o torneio, a hoje Arena Neo Química foi a primeira a usar refrigeração para aprimorar os cuidados corriqueiros nesse campo.
A começar pela grama do tipo Ryegrass, importada dos Estados Unidos, e que é mundialmente reconhecida por resistir a invernos rigorosos.
Ela se consagrou na europeia Premier League, mas num país de clima tropical como o nosso, sem dúvida, o desafio maior seria impedir que o efeito do calor sobre a grama prejudicasse a atuação dos times.
- Ar automotivo: Saiba como evitar acidentes em sua oficina
- Setor de refrigeração adota HFCs e HFOs de baixo GWP
- Checar a qualidade do fluido refrigerante, uma tendência crescente
Por isso, foi implantado na arena do Corinthians, em Itaquera, um sistema de refrigeração que circula velozmente água gelada e ar fresco sob o gramado.
São 40 km de finos tubos de plástico, mantendo aquele tapete verde entre 15 e 21 graus nos dias mais quentes. Tudo isso monitorado por 8 sensores de temperatura, umidade e salinidade.
No frio, prevalece o caráter híbrido do piso, ao combinar as gramas natural e sintética, pois a segunda suporta melhor as baixas temperaturas.
Finalmente, em caso de tempestades, o sistema de sucção elimina praticamente toda a água e evita as sempre indesejáveis poças, famosas causadoras de quedas e passes errados.
Portanto, apenas nessas horas o projeto revolucionário se limita a fazer aquilo que, já no passado, se esperava de uma boa drenagem em um campo de futebol.