Os sistemas de refrigeração e ar condicionado são responsáveis por 7,8% das emissões globais de gases de efeito estufa, dos quais 63% se devem às emissões diretas (vazamentos) de fluorcarbonos (CFCs, HCFCs e HFCs) usados como refrigerantes e 37% à produção de energia elétrica necessária para manter as máquinas em funcionamento.
É o que revela um relatório do Observatório Regional de Energias Renováveis da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), enfatizando “que o panorama da sustentabilidade ambiental é essencial para a indústria de refrigeração, que hoje faz parte das principais cadeias consumidoras e se tornou uma importante frente da economia latino-americana”.
Para o organismo internacional, os fluidos regenerados são “uma alternativa para reduzir o lançamento de gases refrigerantes na atmosfera e para atender à demanda […] quando a oferta do mercado está baixa, assim como para reduzir o consumo de refrigerante virgem”.
Por essa razão, o documento reforça que a regeneração de refrigerantes constitui “uma ferramenta econômica eficaz”.
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O relatório também descreve os desafios para atender à crescente demanda por energia para climatização de ambientes e como superar os problemas ambientais por meio de políticas públicas e colaboração com a indústria e a academia.
A entidade avalia que é importante disseminar, por meio de projetos, conhecimento sobre os benefícios proporcionados por tecnologias que elevam a eficiência energética dos aparelhos de refrigeração e ar condicionado, como os inversores de frequência, bem como acerca dos fluidos refrigerantes com menor potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).
Instalações prediais mais eficientes e programas de certificação também geram impactos positivos no mercado; ademais, novas normas, acordos e políticas mundiais apontam para avanços significativos em matéria de produtos sustentáveis, segundo a Cepal.
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