A gigante britânica do ramo de supermercados Asda divulgou os resultados de um teste em loja analisando os impactos na eficiência energética verificados após a transição de um sistema com dióxido de carbono (CO₂) para uma arquitetura de refrigeração com um fluido refrigerante levemente inflamável (A2L) à base de hidrofluorolefina (HFO).
O ensaio, realizado em uma unidade da rede em Liverpool durante 12 semanas, mostrou que o novo sistema com R-454A, mistura de baixo impacto climático comercializada pela Chemours sob a marca Opteon XL40, consome menos energia do que o modelo com R-744, que fora instalado havia 12 anos.
Os resultados da análise do varejista deverão ser estudados com atenção por especialistas, pois acredita-se que esta seja a primeira vez que um sistema transcrítico dá lugar a um com fluido A2L.
O gerente sênior de engenharia e sustentabilidade do supermercadista, Brian Churchyard, disse que “as economias de energia são significativas, equivalentes aos benefícios que você normalmente veria ao instalar portas nos expositores frigoríficos”.
Segundo ele, o projeto com A2L proporcionou entre 35% e 40% de economia de energia e redução de 94% no impacto climático, em comparação com o sistema descomissionado.
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A instalação do sistema com R-454A também foi concluída com um custo significativamente menor do que a da versão com CO₂, incluindo todos os requisitos de segurança para uso de refrigerantes A2L.
De acordo com o gestor, o sucesso da instalação foi fruto de mais de três anos de testes, análises e esforços de engenharia da rede para otimizar a operação com HFOs.
As máquinas novas requerem até 70% menos carga de refrigerante e, na sua avaliação, elas são uma tecnologia familiar para os engenheiros projetarem, instalarem e fazerem a manutenção.
Churchyard também revelou que a substituição era necessária porque o sistema transcrítico estava mostrando sinais de corrosão, o que agravava o risco de queda dramática de pressão.
“Quando o sistema com CO₂ foi instalado, pensava-se que aquele era o caminho a seguir; entretanto, após uma avaliação de desempenho detalhada, paralisamos a implementação desse tipo de solução porque tínhamos preocupações com os impactos energéticos e a operação de alta pressão”, ressaltou Churchyard, acrescentando que, “embora o sistema tenha funcionado de forma confiável nos últimos 12 anos, sua manutenção também se mostrou cara”.
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