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Covid-19

Qualidade do ar de interiores pós-pandemia

Covid-19 já repercute mais na área do que morte do ministro Sérgio Motta, por insuficiência respiratória, em 1998, e o refrigerista deve ficar atento a toda esta movimentação para não perder oportunidades e contribuir com este novo momento

Por Wagner Fonseca
29 de abril de 2022
Difusor de ar condicionado sujo
Higienização de sistemas de ar condicionado é imprescindível para prevenir doenças respiratórias | Foto: Shutterstock

O fato de o novo coronavírus atacar o sistema respiratório de suas vítimas atingiu também em cheio uma questão na qual pesquisadores, estudiosos e profissionais de ponta do ar-condicionado estão mergulhados muito antes da crise sanitária que, felizmente, parecemos estar em vias de superar.

Trata-se da qualidade do ar de interiores (QAI), área de conhecimento que decolou por aqui em caso rumoroso envolvendo o ministro que ajudou a transformar o telefone em utensílio doméstico comum, ao invés de um bem raro e precioso, que a gente até declarava no Imposto de Renda.

Existem  controvérsias até hoje sobre até que ponto os fungos encontrados no sistema de ar-condicionado do gabinete de Sérgio Motta colaborou para o agravamento de sua fibrose (o problema estava no  interstício pulmonar, tecido que fica entre os alvéolos, onde o oxigênio inspirado é trocado por gás carbônico), ao ponto de levá-lo à morte, há 23 anos.

De qualquer forma, quem milita no setor  sabe perfeitamente o impacto daquilo em áreas como a boa higienização de dutos, torres de resfriamento, bandejas de condensados  e demais componentes.

“Com a pandemia, a tendência é se multiplicar por milhões, e em âmbito mundial, o impacto que aquele episódio acabou assumindo por aqui”, compara o engenheiro mecânico formado pela FEI e hoje diretor nacional de vendas da Ecoquest, Manoel Gameiro.

Até pouco tempo atrás, segundo ele, a certificação de sustentabilidade conhecida como LEED, que se tornou prioridade competitiva dos chamados edifícios Triple A – famosos em regiões paulistanas como a da sofisticada Avenida Faria Lima. 

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Com a pandemia, esses mesmos edifícios começaram a buscar certificações adicionais, pois  agora têm que ser sustentáveis e proporcionar saúde e bem-estar aos seus ocupantes.

Gameiro comenta que a Saúde e Bem-Estar, certificação que vem aí com força total, apresenta um grau ampliado nas exigências envolvendo medições e parâmetros relacionados a qualidade interna do ar, entre outros.

“Eu tenho 37 anos de setor e sei muito bem que já houve um tempo em que se media apenas temperatura”, relembra o engenheiro, acrescentando que, ultimamente, vinha-se analisando também o nível de CO₂ nos ‘Triple A’, por se tratar de um marcador importante da necessidade de renovação do ar nos ambientes.

Nestes tempos de pós-pandemia que se prenunciam, o vilão da vez apontado por Gameiro  será a existência de material particulado suspenso no ar, problema já conhecido pelos especialistas da  área, mas que a covid-19 fez chegar à consciência dos demais segmentos envolvidos na vida saudável dentro de prédios repletos de vidros e hermeticamente fechados, onde todo mundo respira solidariamente durante horas a fio.

Outra questão crescente neste campo é a ameaça, em termos microbiológicos, representada pelo mofo, algo a ser controlado quando a umidade também fizer parte do check list habitual dos responsáveis por áreas como a de facilities nas edificações com grande circulação de pessoas.

Existência de compostos orgânicos voláteis nessas atmosferas deve complementar a cartilha básica no setor de IAQ de agora em diante, algo que já está em nível elevado de alerta no radar das grandes multinacionais, por exemplo.

“O importante neste momento é entender que tem uma onda nova e forte chegando, com a clara tendência de, com o tempo, abranger os prédios conceitualmente mais simples, aqueles que entregam menos aos seus ocupantes em termos de recursos e facilidades, o que não significa estarem alheios à questão da saúde do ar interior”, explica o engenheiro.

Regulamentação

Além da proliferação de métodos, alguns deles depois questionáveis, para coibir problemas respiratórios como os que vitimaram  o ex-ministro brasileiro, aquele episódio todo seria o estopim para que o país  assumisse destaque mundial no campo da QAI

Em 2018, por exemplo, a Resolução 09, da Anvisa, transformou-se na Lei 13.589, uma exclusividade nossa no tocante ao detalhamento de ações necessárias para sistemas de climatização serem instalados e mantidos dentro de padrões aceitáveis para a saúde dos ocupantes das edificações, a partir de um certo porte, dotadas de sistemas do gênero.

Com a certificação de Saúde e Bem-Estar, Gameiro prevê aceleração semelhante no processo já em andamento que atende pelo nome de Programa Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), capitaneado por alguns dos principais estudiosos brasileiros neste campo, que regularmente já vêm se reunindo em lives para discutir o assunto.

“É uma questão de tempo para que toda a cadeia do HVAC-R seja influenciada por tudo isso”, preconiza o especialista, antes de deixar sua sugestão aos refrigeristas: “clientes mais bem-informados sobre o assunto haverão de exigir cuidados especiais nesta área até mesmo nas instalações residenciais, o que torna altamente recomendável aos técnicos estudar este campo desde já, a fim de responder a esta nova demanda de forma assertiva e, claro, ter mais um diferencial competitivo em sua carreira”, conclui o engenheiro.

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Tags: Ar-CondicionadoCertificaçãoClimatizaçãoDoençaEdifícioEngenheiroHigienizaçãoHVAC-RIAQLimpezaManoel GameiroManutençãoMinistroPandemiaPNQAIQAIQualidade do Ar InternoRefrigeristaSérgio Motta
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