
A Febrava, principal feira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (AVAC-R) da América Latina, tem se mostrado palco de uma notável evolução: a crescente presença e influência feminina no setor.
Em uma indústria historicamente dominada por homens, as mulheres estão conquistando mais espaço, voz e, sobretudo, respeito.
Uma prova clara desse avanço foi a presença marcante das integrantes do Elas no AVAC-R, primeiro movimento feminino do setor no Brasil, nos quatro dias da mostra promovida na semana passada no São Paulo Expo.
Na avaliação da fundadora do coletivo, Carmosinda Santos, o saldo da 22ª Febrava é um retrato fiel da situação atual: avanços significativos, motivos para celebração, mas também desafios persistentes que requerem atenção e ação contínua.
Quanto aos desafios, especificamente, a ativista diz que é surpreendente e desanimador encontrar vestígios de práticas arcaicas em eventos de grande porte no País.
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“A objetificação das mulheres, reduzindo-as a meros objetos de decoração ou atração para chamar a atenção em estandes, é um reflexo de mentalidades que precisam ser urgentemente revisadas”, afirma.
Segundo ela, “é louvável perceber que a objetificação feminina diminuiu substancialmente em feiras no País, como na própria Febrava, mas é inegável que o problema ainda persiste em alguns cantos”.
“Toda vez que uma mulher é reduzida ao status de objeto, minimizamos seu valor, talento e contribuição. Precisamos continuar nossa luta para erradicar isso da nossa cultura.”
Enquanto a indústria se moderniza em diversos aspectos, prossegue a refrigerista, é essencial que as mentalidades também avancem. “É tempo de reconhecer as mulheres por suas competências e contribuições, e não por sua aparência”, acrescenta.