Como não cair em armadilhas na hora de comprar um fluido refrigerante? O que fazer para garantir tranquilidade ao técnico e gerar satisfação ao seu cliente?
Essas e outras perguntas foram respondidas pela engenheira líder de desenvolvimento de negócios e suporte técnico da Chemours, Joana Canozzi, durante live sobre fluidos refrigerantes com o refrigerista Denius Martins, especialista em manutenção e higienização de sistemas e refrigeração e ar condicionado.
Segundo ela, saber identificar um fluido de qualidade é um dos principais segredos para entregar um serviço bem feito e, acima de tudo, seguro.
“Fluidos de baixa qualidade acabam sobrecarregando o sistema de diversas formas. Em alguns casos, é necessário utilizar mais fluido que o recomendado para se chegar na temperatura de operação, justamente revelando a ineficiência, ao contrário dos fluidos de boa qualidade. É um barato que pode sair caro. Outros problemas que geralmente observamos em campo são a presença de material particulado e contaminantes, como gases não condensáveis e hidrocarbonetos”, ressaltou.
Uma das recomendações é observar a nomenclatura descritas nas embalagens. “Sempre que for da série 4 ou 5, por exemplo, a letra A deve ser maiúscula, como vemos no R-410A. Quando o produto é puro, o ‘a’ deve ser minúsculo, como no caso do R-134a. Uma dica é baixar o aplicativo da Chemours, que traz na aba de informações a ficha dos produtos e informações essenciais para o técnico realizar a compra segura.”
Indagada sobre como proceder para realizar a carga de fluido refrigerante, Joana explicou que, quando a temperatura ambiente varia, a pressão a qual o fluido está submetido dentro do sistema também irá variar; por isso, é importante que a carga de fluido seja feita por massa, pois a massa não irá variar.
“A sobrecarga de fluido refrigerante ocorre quando a carga é realizada por pressão, o que pode ser um risco para a operação e rotina de manutenção, contribuindo para ocorrência de acidentes”, alertou.
- Disputa entre substitutos do R-410A segue acirrada
- Chemours introduz agente de limpeza alternativo ao R-141b no Brasil
- Liga de hóquei sobre o gelo adota HFO da Chemours
“O compressor só comprime fluido refrigerante no estado gasoso. Por essa razão, temos de fazer a carga de forma que ela entre líquida no sistema, garantindo a proporção correta da mistura, mas chegue no compressor vaporizada. O segredo é usar a balança, fazer a carga por massa e abrir a válvula da botija bem devagar”, acrescentou.
Joana também destacou a importância de armazenar corretamente o fluido. “Não é recomendado que se armazene o produto dentro do carro fechado, por exemplo, porque toda embalagem é feita para suportar temperaturas abaixo de 52 °C”, disse ela, ao acrescentar que os cilindros da Chemours contam com dispositivo de alívio, um item de segurança adicional.
“Nossas embalagens permitem o alívio da pressão, antes que ocorra algum episódio mais crítico, como a ruptura da embalagem. Ainda assim, não recomendamos que as pessoas armazenem nosso produto no carro”, ponderou.
A especialista ainda lembrou que a Chemours está no mercado brasileiro há 85 anos, “vendendo tranquilidade, com produtos de qualidade e um trabalho de pós-venda essencial para os técnicos”.
“Nosso time está disponível para esclarecer qualquer dúvida, a qualquer hora. Também temos muitos materiais informativos que podem e devem ser utilizados.”
Ademais, a indústria química americana realiza palestras técnicas por todo o Brasil. Segundo ela, empresa mantém um calendário bastante robusto, promovendo eventos próprios e com seus parceiros pelas principais cidades do País.
“Este ano estamos vivendo um momento atípico devido à pandemia do novo coronavírus. Por isso, a programação de 2020 foi adaptada. Visando contornar esse momento e ainda assim estar perto do mercado, seguimos organizando atividades virtuais em diferentes canais, como Facebook e Instagram”, revelou.
”Em relação ao calendário presencial, esperamos divulgá-lo assim que retornarmos à ‘normalidade’, sempre respeitando as recomendações dos órgãos de controle sanitário e saúde pública”, completou.