A Polícia Civil de Campinas (SP) descobriu em Salto, a 105 quilômetros da capital paulista, um barracão com 3.755 pés Cannabis sativa híbrida sendo cultivados de maneira hidropônica.
Além da iluminação sofisticada, a quadrilha instalou no local um sistema de climatização com filtro de carvão ativado nos exaustores, a fim de evitar a propagação do cheiro do skunk plantado lá.
Essa variedade da droga psicoativa, também conhecida como supermaconha, possui elevada concentração de tetrahidrocanabinol (THC), o principal componente ativo da erva. Ela foi criada em laboratórios holandeses, mas a disseminação das sementes pelo mundo, inclusive vendidas pela internet, é preocupante.
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Segundo especialistas, o skunk desenvolve-se de forma mais rápida que a Cannabis sativa comum, mas precisa ser cultivado em condições especiais de temperatura, luminosidade e umidade, geralmente em estufas, com técnicas do sistema hidropônico.
Por isso, ela também é chamada de “maconha de rico”. De acordo com informações da Polícia Civil, os insumos agrícolas e o processo de produção utilizados em Salto eram importados.
“Não era coisa de fundo de quintal, era uma coisa realmente profissional. O retorno devia ser muito grande”, disse ao portal G1 o delegado José Henrique Ventura, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) em Campinas.
Durante a operação policial realizada na manhã de 22 agosto, três pessoas foram detidas. Elas vão responder a processo por tráfico de drogas e associação criminosa. “Nós já apreendemos muita droga na área, mas sempre pronta para comercialização. Esse tipo de plantio nós não tínhamos aqui na região”, informou Ventura.
O delegado titular da 2ª Seccional de Campinas, Aldo Galiano Júnior, declarou que a polícia tem indícios da autoria e dados suficientes para chegar ao “pai da criança”. “O patrão é uma pessoa acima de qualquer suspeita”, revelou.