O primeiro lote de um milhão de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 chegou ontem (29), por volta das 19h30, ao aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
As doses serão usadas prioritariamente nas capitais, em razão das características do imunizante, que deve ser armazenado em equipamentos capazes de atingir temperaturas ultrabaixas.
Até serem despachadas aos estados e ao Distrito Federal, as doses ficarão a -85 °C em 16 ultrafreezers do Centro de Distribuição Logístico do Ministério da Saúde, em São Paulo. Nessas condições, elas podem durar até seis meses.
Os frascos, porém, serão distribuídos em temperaturas entre -25 °C e -15 °C, o que permite sua conservação apenas por 14 dias.
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Após entrarem na rede de frio do Sistema Único de Saúde (SUS), com temperaturas de armazenamento entre 2 °C e 8 °C, o prazo para aplicação das doses cai para cinco dias.
Em razão dessas especificidades, o Ministério da Saúde informou que enviará ao estados as doses em duas etapas. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, à primeira e à segunda doses que cada cidadão deverá receber.
Apesar do imenso desafio logístico, “o Sistema Único de Saúde do Brasil está preparado para distribuir a vacina da Pfizer e todas as outras que forem aprovadas pela Anvisa”, garantiu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais do ministério.
O governo brasileiro comprou 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer. Em março, em reunião com a farmacêutica, o Ministério da Saúde apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões.