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Fluidos Refrigerantes

Os bons resultados de quem já trabalha com R-1234yf

Embora grande parte das montadoras nacionais ainda utilize o R-134a no ar-condicionado dos seus veículos – enquanto outras já iniciaram a conversão – modelos importados vão rendendo bons negócios para os pioneiros do novo fluido

Por Wagner Fonseca
9 de setembro de 2024
Oficinas bem equipadas e profissionais preparados são pré-requisitos para que se aproveite esse novo momento | Foto: Divulgação/MP Componentes

A diesel, gasolina, elétrico ou híbrido, está se tornando cada vez mais frequente a chegada ao país de veículos com sistema de climatização automotiva utilizando como fluido refrigerante o HFO R-1234yf.

Mesmo sendo modelos novos ou semi, quando há reparos mecânicos mais complexos ou grandes colisões, a desmontagem do ar-condicionado torna-se necessária.

É nessa hora que naquela oficina, onde todos julgavam ter visto praticamente de tudo em sua especialidade, trocam-se olhares de dúvida e apreensão.

Contudo, essa nova demanda tem rendido prestígio e bons lucros para quem saiu da zona de conforto e resolveu investir em conhecimento e ferramental para também atuar nessa área altamente promissora.

Lei da oferta e procura

Quem já percebeu isso com toda a intensidade é o capixaba Perecles Otoni Guedes Neto, profissional com 30 anos de mercado e que, a partir de 2020, em plena pandemia, começou a se preparar para também ser competitivo nesses novos tempos.

“Como o novo fluido ainda é caro e pouquíssimos refrigeristas e empresas de ar automotivo já executam esse serviço, está muito valorizado pelo mercado”, assegura Toni, como é conhecido no setor.

Atual vice-presidente do Departamento Nacional de Ar Automotivo da Abrava, ele frisa que a oficina trabalhando hoje com R-1234yf tende a se tornar uma referência em sua região. Outra vantagem: já se encontra preparada para um fluido que logo vai dividir mercado com o R-134a, e por um bom tempo.

Pesando muito bem tudo isso, Toni adquiriu sua primeira recicladora de R-1234yf há quatro anos. Apenas em 2021 faria o primeiro trabalho e, no ano seguinte, pelo menos meia dúzia. “Agora em 2024, já foram 15 ou 16, até perdi a conta”, comemora.

Dentro de dois anos, no máximo, ele reconhece que tende a haver uma certa estabilização nesse campo, mas hoje ainda existe uma grande janela de oportunidade a ser aproveitada.

Para quem ainda duvida, exibe alguns números. Por exemplo, enquanto uma carga média com R-134a sai a R$ 250,00, a de R-1234yf pode chegar facilmente aos R$ 5 mil para quem, como ele, cobra R$ 10,00 por grama, valor médio que afirma estar sendo bem aceito pelo mercado.

Ainda como política comercial, Toni cobra 30% menos quando é possível recolher e reciclar o gás do próprio sistema, mas quando o carro foi batido ou teve o ar retirado por algum outro motivo, é o valor cheio que prevalece.

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Cuidados especiais

Embora seja um fluido levemente inflamável (classificação A2L), isso não representa empecilho para que o refrigerista trabalhe com R-1234yf.

“Afinal, os mecânicos passam o dia consertando carros que têm gasolina em seu interior”, compara Toni, lembrando que muitos até fumam no local. “Claro, não é para fazer uma carga com cigarro na boca, muito menos com alguém soldando ao seu lado”, adverte.

No mais, a eficácia e a segurança da operação requerem uma bomba de vácuo normal; conjunto manifold com castanhas apropriadas para o novo gás; balança e ainda, óleos lubrificantes específicos para compressor mecânico, com correia, e para o elétrico/híbrido.

Já a recolhedora é diferente, devido à estrutura interna que, em virtude do grau moderado de inflamabilidade do novo fluido, requer isolamento especial dos componentes elétricos no interior do equipamento para evitar faíscas.

Como opção para quem possa ir além no investimento inicial, as estações de trabalho desempenham a maioria dessas funções, proporcionando uma conveniência no corre diário que todos no segmento conhecem muito bem.

Virando a chave

Na cidade de Linhares, a 120 quilômetros da capital do Espírito Santo, Odilson Silva Júnior hoje também tem bons motivos para defender a adesão de seus colegas ao manejo do fluido R-1234yf em suas oficinas.

No caso dele, tudo começou quando um Dodge Ram, modelo diesel, seminovo, foi deixado por uma concessionária na Junior Ar Condicionado Service, empresa que toca com a esposa e a filha.

Apesar dos 25 anos de profissão, ele quase recusou o serviço, ao ver que envolvia o novo fluido, mas foi aconselhado a aceitá-lo por ninguém menos que o próprio Toni, que ainda ofereceu emprestada a parte do ferramental que Junior não possuía.

”Ainda bem”, diz ele, lembrando ter sido a carga mais emocionante de sua vida, tanto pela adrenalina inicial, ao perceber o desafio que teria pela frente, quanto pela surpresa positiva, ao receber R$ 4 mil para uma carga de 510 gramas.

Diante disso, Junior se diz empenhado em pesquisar o potencial do mercado em sua região e também fazer contas do quanto vai investir, inicialmente em um kit básico, que pretende ir expandindo, à medida que os negócios evoluam.

Qualquer que seja o ritmo dessa virada de chave nas oficinas Brasil afora, pelo menos duas certezas parecem claras a esta altura.

Primeiro, trata-se de um caminho sem volta, como tudo que envolva a necessidade de minorar o aquecimento global.

Segundo, o retorno financeiro pode ser muito mais rápido do que se poderia imaginar num passado recente, conforme ilustram muito bem os testemunhos dados nesta reportagem.

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Tags: A2LAr-CondicionadoClimatizaçãoFluido RefrigeranteHFOHFO-1234yfOficinaOpteon YFR-1234yfRefrigeraçãoRefrigeristaVeículoVeículo Elétrico
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