Dificuldade frequente entre micro e pequenos empresários dos segmentos de refrigeração, ventilação, aquecimento e ar condicionado, a obtenção de recursos quase nunca concedidos pelos bancos, e sempre com altíssimas taxas de juros, deve ser amenizada de forma decisiva após a chegada da ESC (Empresa Simples de Crédito), cuja lei foi recém-sancionada.
A ESC é uma nova modalidade de fomento comercial que permite a pequenas pessoas jurídicas atender a outras de porte semelhante em suas necessidades ligadas a empréstimos, financiamentos e desconto de títulos.
Com isso, tem tudo para facilitar de maneira expressiva a saúde financeira do MEI (Microempreendedor Individual), da ME (Microempresa) e da EPP (Empresa de Pequeno Porte), com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
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“Essa é uma oportunidade que se abre de imediato para esse mercado”, comenta Hamilton de Brito Júnior, presidente do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil (Sinfac-SP) e também da Ductbusters, instaladora de ar-condicionado há 20 anos no mercado.
Ele orienta a quem se interesse por esse novo nicho procurar o Sinfac-SP, entidade detentora das principais informações sobre o assunto, na qualidade de representante sindical dessa categoria em todo o território paulista.
O Sinfac-SP já presta apoio às empresas de fomento comercial (factorings e securitizadoras de crédito) e agora tem como missão extra defender os interesses das ESCs, modalidade que ajudou tirar do papel, a partir de apoio recebido há seis anos, em Brasília, do então secretário da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.
“Vamos interpretar e aplicar a lei e dar todas as condições pra isso, bem como modelos operacionais, convênios, parcerias, apoio legal, jurídico e contábil. Ou seja, o que o sindicato sempre proporcionou aos segmentos até então representados agora fará para as ESCs”, reforça Brito Junior.
Segundo o Portal Redesim, voltado à prestação de serviços para o empreendedorismo, desde a assinatura da lei, em 25 de abril deste ano, 275 ESCs foram abertas e começaram a operar em todo Brasil, número que o Sebrae estima chegar a cerca de mil empreendimentos até o ano que vem.
No momento, o capital social registrado nas juntas comerciais com relação a essas primeiras empresas atinge o total de R$ 129 milhões, com a média de R$ 472 mil por empresa constituída.
Quanto aos resultados presumidos para a economia como um todo, as previsões indicam que já em 2020 mais de R$ 20 bilhões devem ser injetados nas mais diversas atividades exercidas pelas empresas micro e pequenas, que hoje respondem por 98% dos negócios existentes no País, muitos deles, naturalmente, atuando como indústrias, comércios e serviços do HVAC-R.