A polícia espanhola, em colaboração com a Receita Federal da Espanha, a Europol e a Agência Europeia Antifraude, deteve 27 pessoas e apreendeu 110 toneladas de fluidos refrigerantes fluorados e 600 equipamentos de ar condicionado avaliados em € 11 milhões. Os gases, procedentes da China, estavam sendo introduzidos no país pelo porto de Valência.
Os agentes envolvidos na operação, realizada ontem (28) em mais de dez províncias da Espanha, também apreenderam vários equipamentos de envase de refrigerantes, cerca de € 364 mil em espécie, veículos de luxo, material de informática e entorpecentes, entre outros produtos.
Segundo a polícia, a organização criminosa era composta por uma rede de empresas estruturada em vários níveis. No topo da pirâmide, estava o importador dos fluorquímicos, cuja empresa está sediada em Valência, e abaixo dela uma rede de distribuição baseada em Granada.
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Os refrigerantes introduzidos no mercado espanhol deveriam ser destinados à Jordânia, mas uma fraude aduaneira e fiscal do importador fazia com que eles ficassem na Espanha, onde eram vendidos por preços três vezes abaixo dos praticados normalmente no mercado.
Para facilitar a circulação e a distribuição da mercadoria pelo território espanhol, os criminosos criaram uma empresa fantasma em Portugal, que deveria ser a destinatária da mercadoria, dando uma aparência de legalidade à operação fraudulenta.
Os detidos lavavam o dinheiro obtido usando empresas de fachada ou comprando veículos ou imóveis de luxo, mas sobretudo por meio de uma agência de viagens de Madri, cujos diretores também foram presos.