O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, em inglês) publicaram um informativo técnico para atualizar o setor sobre os fluidos refrigerantes introduzidos no mercado nos últimos anos, seus números “R” e classificações de segurança.
O novo informe apresenta as substâncias aprovadas pela Ashrae desde 2010, uma lista da qual constam muitas hidrofluorolefinas (HFOs) puras e misturas entre hidrofluorcarbonos (HFCs) e HFOs.
O documento também explica o sistema de numeração de fluidos frigoríficos estabelecido pela norma Ansi/Ashrae 34, que fornece uma forma simples de identificá-los, sem a necessidade de usar seu nome químico, fórmula ou nome comercial.
“Para compostos puros, os números são baseados na fórmula química. Para misturas, os números são atribuídos sequencialmente com base na conclusão de uma revisão satisfatória dos dados fornecidos por seus fabricantes”, explica a Ashrae.
Os refrigerantes homologados são listados com a letra “R” seguida pelo número atribuído pela Ashrae (R-22, por exemplo). Isômeros (molécula com a mesma fórmula química que outra molécula, mas com uma estrutura química diferente) são identificados com uma letra minúscula após seu número (R-134a, por exemplo).
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Misturas de refrigerantes com os mesmos componentes puros, mas com composições diferentes, são identificadas com uma letra maiúscula após o número (R-401A e R-401B, por exemplo).
Os refrigerantes da série R-400 são considerados zeotrópicos (misturas de dois ou mais refrigerantes cujas fases líquida e de vapor têm sempre composições diferentes), enquanto os da série R-500 são azeotrópicos (misturas de refrigerantes cujas fase líquida e de vapor têm as mesmas composições a uma pressão específica).
Além disso, o Standard 34 estabelece uma classificação de segurança com base na toxicidade e inflamabilidade informadas pelos fabricantes desses produtos químicos.
Notavelmente, as indústrias do segmento têm desenvolvido uma quantidade cada vez maior de substâncias atóxicas de baixa inflamabilidade (A2 e A2L), alternativas mais seguras que os refrigerantes altamente inflamáveis (A3), como o propano (R-290) e o isobutano (R-600a), ou tóxicos, como a amônia (R-717).
Para saber mais sobre o assunto, o informe Update on New Refrigerants Designations and Safety Classifications pode ser baixado aqui.