As Nações Unidas celebram hoje (16) o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Neste ano, para marcar o aniversário da Convenção de Viena, a celebração tem o lema “Ozônio para a vida: 35 anos de proteção da camada de ozônio”.
Foi esse tratado que, juntamente com o Protocolo de Montreal, estabelecido em 1987, uniu o mundo em torno do objetivo de eliminar os gases que formam o buraco nessa camada essencial para proteger a vida no planeta contra radiação solar ultravioleta.
Em função de ambos os acordos ambientais, governos, cientistas e indústria têm trabalhado juntos para eliminar compostos como os clorofluorcarbonos (CFCs) e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), comumente usados pela indústria de refrigeração e ar condicionado.
Agora, os cientistas esperam que a camada de ozônio sobre a Antártida continue se regenerando e volte a ter, até meados do século, a extensão que tinha antes de 1980.
Em mensagem à comunidade internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a ação conjunta para limitar o esgotamento do ozônio.
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O apelo do chefe da ONU é que essa vontade seja aplicada “para curar o planeta e forjar um futuro mais brilhante e mais justo para toda a humanidade”.
A diretora-executiva da Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Inger Andersen, destacou que “essa cooperação demonstra que, quando as pessoas trabalham juntas, podem resolver problemas em escala global”.
A ambientalista disse que a eliminação gradual dos compostos nocivos ao ozônio “não só ajudou a proteger a camada de ozônio para as gerações atual e futura”.
Segundo ela, os tratados sobre o ozônio também contribuíram para impulsionar significativamente os esforços globais para lidar com as mudanças climáticas e proteger a saúde humana e os ecossistemas, limitando a radiação ultravioleta sobre a Terra.
Novo desafio
No Dia Internacional do Ozônio, a diretora do Pnuma também lembrou que Emenda de Kigali, assinada em 2016, ampliou a abrangência do Protocolo de Montreal.
Especificamente, o pacto climático aprovado em Ruanda inclui medidas para reduzir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) nas próximas décadas.
“Como sabemos, a Emenda de Kigali já foi ratificada por 100 países e, totalmente implementada, vai evitar 0,4 °C de aquecimento global ”, salientou.
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