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Economia

O que esperar, após o pior da pandemia?

A exemplo das demais atividades econômicas, o AVAC-R procura respostas sobre o que 2023 reserva ao Brasil

Por Wagner Fonseca
29 de novembro de 2022
Projeções do FMI indicam que a economia global deverá crescer 2,7% em 2023 | Foto: Ukkel/Shutterstock

Em meio às últimas notícias sobre estragos ainda causados por uma variante inédita do novo coronavírus, enquanto o brasileiro aguarda – igualmente apreensivo – a equipe que vai compor o governo recém-eleito, sobretudo na área econômica, são muitas as interrogações em aberto também no cenário externo.

Nem mesmo o clima festivo da Copa no Catar poderia desviar os olhos do mundo da guerra no leste europeu, tampouco da crise em curso na economia inglesa e outros países da Europa e uma inflação sem precedentes nos Estados Unidos, dentre outras nações.

A soma de todos esses fatores tem se refletido na conjuntura brasileira, e especialmente em dois aspectos: retardando a plena retomada do crescimento, após dois anos de pandemia, e uma alta de 11% acumulada pela taxa referencial de juros, a partir de março de 2021, estando hoje a chamada Selic no patamar de 13,75%.

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Dinheiro curto e muito caro, como dizem os economistas, forma uma combinação sempre preocupante, e o AVAC-R não poderia ficar à margem dessa realidade, como detalharam ao Blog do Frio alguns nomes expressivos do setor por nós ouvidos.

Em Curitiba, por exemplo, Edson Girelli vivencia os reflexos disso tudo sobre o comércio e a indústria, já que sua empresa, a Girelli Refrigeração, é uma conhecida distribuidora de peças e componentes para refrigeração, ar condicionado e linha branca, que também possui um braço empresarial voltado à fabricação de racks e câmaras frias.

“No comércio é mais complicado, porque você tem que cuidar muito do fluxo de caixa para não pegar recursos nos bancos, frente ao alto custo dessas operações hoje em dia”, afirma o engenheiro mecânico.

O estoque, segundo ele, também merece atenção redobrada em cenários econômicos como o atual, “pois não deve ser excessivo, muito menos insuficiente a ponto de desabastecer a clientela”, acrescenta Girelli, reforçando que juros altos e empréstimos bancários constituem o pior dos mundos nestes tempos.

O engenheiro mecânico Edson Girelli, da Girelli Refrigeração, discursando durante confraternização do Grupo Refrigeração em Curitiba
Comércio e indústria sofrem com taxas de juros elevadas, diz o empresário Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Indústria

Tal dinâmica o empresário afirma também afetar a indústria que alimenta a distribuição do AVAC-R e, por conseguinte, os varejistas do setor, responsáveis por atender a demandas do refrigeristas, igualmente menor em momentos assim.

As obras das grandes redes de super e hipermercados, por exemplo, também se reduzem, “pois muitos clientes têm dificuldade em obter financiamento para investir em suas instalações frigorificadas, que atualmente chegam a dobrar de valor, se adquiridas a prazo”, constata Edson.

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Na Klimatix, divisão da Mecalor especializada em refrigeração de precisão e conforto, a restrição que mais preocuparia a esta altura seria aquela que comprometesse seus próprios projetos de evolução contínua.

“Permanecemos investindo, mas apenas com capital próprio”, assegura o CEO da companhia, János Szego, para quem uma redução mais significativa da Selic só deve ocorrer mesmo no segundo semestre de 2023.

Redução mais significativa da Selic só deve ocorrer no 2º semestre do ano que vem, avalia o empresário János Szego | Foto: Divulgação/Mecalor

Diferenças

Por mais que os efeitos da economia atual atinjam as cadeias produtivas de ponta a ponta, pelo menos uma área do AVAC-R não tem tantos motivos para reclamar, e já há um bom tempo: os diversos elos envolvidos no fornecimento de ar-condicionado para veículos comerciais.

Impulsionada pela forte demanda do agronegócio, equipamentos desse segmento – utilizados do plantio à colheita – a cada dia se assemelham mais aos caminhões que cruzam as estradas brasileiras, ao simplesmente não sair do lugar quando a temperatura no interior da cabine foge de controle.

Uma exigência que hoje supera o conforto em si, pois muito tem a ver com segurança – na medida em que pode evitar cochilos ao volante e os acidentes por eles provocados –, além de comprovadamente aumentar a produtividade dos motoristas e operadores.

Em conjunto com a fase preciosa vivida – e não de hoje – pelo agro brasileiro e, consequentemente, os transportadores dos seus verdadeiros tesouros, destinados ao Brasil e a boa parte do resto do planeta, os players do AVAC-R especializados nesse campo comemoram de norte a sul do País, conforme tem constatado Sérgio Eugênio da Silva, da paulistana Super Ar.

Com a experiência de quem cruza as cinco regiões brasileiras realizando palestras e cursos sobre esse setor – o que lhe permite detectar diferenças setoriais até mesmo entre nichos aparentemente correlatos –, o professor Serginho, como é usualmente tratado no meio, enxerga reflexos que vão além dos juros altos, no caso dos sistemas de climatização para veículos leves.

“A maioria das peças é importada e o dólar, na casa dos 5 por 1, encarece significativamente os sistemas em si e sua manutenção”, afirma o profissional, hoje ocupando também o posto de presidente do Departamento de Ar Condicionado Automotivo da Abrava.

Características regionais igualmente geram situações distintas, quando se fala em Norte e Nordeste, por exemplo, mesmo em se tratando de ar-condicionado utilizado pelos carros de passeio, pois pesa, dentre outros aspectos, o custo de vida menor, o que permite às pessoas ter mais sobra financeira para investir nos seus veículos.

“Além disso, a temperatura muita alta, praticamente sem a sazonalidade existente em outras partes do País, mantém as oficinais lotadas por lá, onde o problema mais preocupante mesmo é a falta de mão de obra”, constata o professor, colocando Rio de Janeiro e Espírito Santo em igual patamar, mesmo pertencendo ao Sudeste.

Nas regiões mais quentes do Brasil, ramo de climatização automotiva não enfrenta sazonalidades, segundo profissionais do setor | Foto: Shuttestock

Efeito ESG

Uma sigla que tem ressoado fortemente mundo afora, como um dia ocorreu com Qualidade Total, por exemplo, tem tudo também para mostrar seus efeitos sobre a nossa economia.

Quem acredita piamente nessa possibilidade é o presidente da Abrava, Arnaldo Basile, sem antever qualquer possibilidade de os temas envolvendo ambiente, sociedade e governança não passarem de mero modismo.

“É uma linguagem universal, uma parametrização de referência, na qual grandes grupos econômicos passarão a ter controle total das suas cadeias de valor.” E prossegue: “Você pega uma Toyota, uma Samsung, uma Panasonic, todas possuem um número enorme de subgrupos, compostos pelas empresas por elas adquiridas”.

Para Basile, o ESG vai promover a interação entre esses grupos, com as questões financeiras devendo determinar de quem e quando comprar, quanto pagar e em quais condições fazê-lo, elegendo para isso os integrantes desse seleto grupo de fornecedores e clientes.

“Dentro desse ordenamento na cadeia de valor, que já vinha tomando forma e agora se acentua, os grandes grupos econômicos terão mais poder ainda, movimentando um volume de negócios maior que o próprio PIB de certos países”, prevê o líder setorial.

A relação disso tudo com a economia, na opinião de Basile, é o aumento generalizado das taxas de juros, pois os negócios terão de incorporar nos seus custos a adequação à ESG. “As decisões de compra vão recair mais sobre os aspectos ligados a esse conceito do que a preços e demais condições comerciais”, diz ele.

Em compensação, tudo isso terá um lado altamente positivo para um país como o nosso que, segundo Basile, está saindo da pandemia com um atraso econômico duas ou três vezes maior, em comparação a países mais bem estruturados e que, até mesmo por isso, enfrentaram melhor a recessão global em 2014 e 2015.

“Nossas empresas vão precisar de uma gestão mais eficaz, contando com profissionais legalmente habilitados e adequadamente documentados”, conclui Arnaldo, ao considerar esta uma oportunidade rara para profissionais e empresas brasileiras se tornarem mais competitivos.

O presidente executivo da Abrava, Arnaldo Basile, em conferência cono Crea-SP | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica
Indústria de refrigeração e ar condicionado necessitará de gestão mais eficaz, avalia o presidente da Abrava, Arnaldo Basile | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

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Tags: AbravaAgronegócioAr CondicionadoAVAC-RCadeia do FrioClimatizaçãoCovid-19EconomiaGirelli RefrigeraçãoHVAC-RIndústriaJurosKlimatixPandemiaPIBProduçãoRefrigeraçãoSelic
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