
Os passageiros têm seu conforto térmico garantido nos embarques e desembarques, inclusive quando eventuais atrasos os mantêm em solo além do tempo normal.
Tripulantes, por sua vez, a exemplo das equipes de limpeza e outros profissionais encarregados de preparar cada detalhe de um novo voo, literalmente suam bem menos a camisa, ao cuidar de tantas tarefas que não podem demorar acima do planejado.
O ponto comum entre essas duas situações, ao se enfrentar o calor característico de um pátio de aeroporto, é a ação dos Equipamentos Estacionários de Pré-Climatização de Aeronaves, mais conhecidos no jargão do setor como PCA.
Eles não são propriamente uma novidade no universo aeroportuário, só que agora, pela primeira vez está circulando no interior de um equipamento desse tipo o fluido refrigerante Opteon™ XP20 (R-449C), cujo Potencial de Aquecimento Global (GWP) é 29% menor, em comparação ao do R-407-C.
Com foco ambiental, desde 2013 Viracopos vem inventariando os gases de efeito estufa presentes em suas instalações, e apenas no ano passado, evitaram-se ali que 1.014 toneladas de emissões de CO2 equivalentes fossem para a atmosfera, volume que corresponde ao plantio de 5.816 árvores.
Mas a escolha do aeroporto pelo Opteon™ XP20 (R-449C), fluido à base de hidrofluorolefina (HFO), também se deveu ao fato de ele ser totalmente inofensivo à Camada de Ozônio, assim como atóxico e apresentar zero risco de inflamabilidade.
Além disso, é totalmente compatível com os componentes do atual sistema de refrigeração como compressor, condensador, evaporador e válvula de expansão, o mesmo se aplicando ao óleo lubrificante sintético poliolester (POE), o que acresce ao seu rol de atrativos a praticidade na instalação e manutenção com a consequente redução de custos.
Resultados
O retrofit no equipamento de Viracopos durou apenas uma tarde, até mesmo pela importância da PCA no dia a dia do aeroporto, e os resultados obtidos também foram em tempo recorde.
A captação de ar externo por volta de 37ºC passou a ser resfriada a zero grau, mantendo o interior da cabine a 23ºC e permanecendo assim por período mais do que suficiente para a realização de todas as rotinas de solo.
“Quando era utilizado o R-407C consumia-se muita energia e a temperatura no interior da aeronave, depois de um certo tempo, ficava desconfortável, continuando desse jeito durante boa parte do período de permanência do avião no pátio”, lembra o engenheiro elétrico e diretor da Gás Eco, Fred Wilson.
“As vantagens adicionais da mudança incluem baixíssimos coeficientes de vibração, ruído e vazamentos apresentados pelo equipamento, após ele receber sua primeira carga de Opteon™ XP20, no lugar do R-407C”, acrescenta.
Com esse conjunto de melhorias ambientais e de cunho operacional e econômico, o parceiro da Chemours sente-se à vontade para arriscar um palpite: “novos projetos do gênero têm tudo para serem implantados em grande escala a partir de agora”.