Desde seus primórdios, a indústria e a ciência do frio são um setor dominado por homens, certo? Mas se depender de coletivos e grupos ativistas formados nos últimos anos, as barreiras culturais enraizadas que impedem as mulheres de ascenderem na academia e no mercado estão com os dias contados.
“Ainda que lentamente, a atuação feminina na área cresce a cada dia, tanto nas empresas quanto nas escolas técnicas e faculdades”, diz a presidente do Comitê de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Priscila Baioco, revelando um dos principais motivos dessa ascensão: “Todas temos buscado melhor qualificação profissional por meio de cursos, treinamentos, palestras ou troca de informações com outras mulheres do setor.”
Em sua avaliação, o protagonismo da mulher no AVAC-R gera investimentos e o incentivo de empresas do setor, que veem na força feminina uma oportunidade de crescimento e de consolidação de compromissos estabelecidos em suas agendas de responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês).
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“Os homens continuam sendo maioria no nosso mercado, mas vivemos um novo momento de grandes mudanças sociais e econômicas no Brasil e no mundo, e a mão de obra feminina vem se destacando como impulsionadora desses processos de profundas transformações positivas”, analisa.
Segundo Baioco, “2022 foi um ano bastante ativo para o Comitê de Mulheres da Abrava, no qual reforçamos mais uma vez nosso compromisso de ajudar a fortalecer a adoção de políticas corporativas pautadas pela diversidade e comprometidas com a equidade de gênero”.
Para a executiva, “os desafios ainda são muitos, mas aos poucos estamos conseguindo qualificar e impactar cada vez mais mulheres do setor”.