O engenheiro químico mexicano Mario Molina, um dos primeiros cientistas a alertar o mundo sobre os perigos dos clorofluorcarbonos (CFCs) para a camada de ozônio, morreu na última quarta-feira (7), aos 77 anos.
Em 1974, quando aprofundava suas pesquisas em química atmosférica na Universidade da Califórnia, Molina e o colega norte-americano Frank Sherwood Rowland publicaram um artigo na revista Nature sobre a questão dos CFCs.
A dupla, juntamente com o holandês Paul Crutzen, do Instituto Max Plank de Química, recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1995 por seus estudos sobre a formação e a decomposição do ozônio na atmosfera.
Nos anos 1970, Molina e Rowland perceberam que, embora os CFCs fossem inertes em níveis mais baixos da atmosfera, eles se decompõem na estratosfera, quando são expostos à luz solar ultravioleta (UV), e se tornam nocivos às moléculas de ozônio.
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As pesquisas de Molina, que nasceu em 19 de março de 1943, levaram à elaboração do Protocolo de Montreal, em 1987, e à posterior eliminação dos CFCs, gases que eram comumente usados como fluidos refrigerantes, agentes de expansão de espumas e propelentes de sprays.
O Protocolo de Montreal é considerado o primeiro tratado internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) que enfrentou com eficiência um problema ambiental de escala global.
Em sua conta no Twitter, o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, lamentou a morte do compatriota, ressaltando que ele era um “cientista comprometido e capaz”.
Em nota, o Centro Mario Molina, uma entidade criada para dar continuidade ao seu trabalho, declarou que o pesquisador “foi um mexicano exemplar, que dedicou sua vida a investigar e a trabalhar em favor da proteção do nosso meio ambiente”.
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