A justiça da Inglaterra condenou, na última sexta-feira (9), o proprietário de uma empresa de vendas e instalação de sistemas de aquecimento e ar condicionado a 20 meses de prisão por fraude. O réu ainda teve seu registro comercial suspenso por 18 meses e também deverá prestar 200 horas de serviços comunitários.
Segundo o comunicado distribuído à imprensa, o empresário Adrian Brian Miles teria enganado mais de uma dúzia de clientes no condado da Cornualha a respeito da adequação dos equipamentos vendidos. O instalador também teria deixado de atender os clientes durante o período de garantia dos serviços.
Entre 2017 e 2021, as autoridades da região receberam 14 reclamações de consumidores insatisfeitos. Foi constatado que o refrigerista em questão enganava os clientes na hora da compra, oferecendo garantias extensas, serviços gratuitos e rotinas de manutenção que ele não honrava.
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Miles, que já havia se declarado culpado em uma audiência anterior, também não fornecia as informações contratuais legalmente exigidas, aceitava pagamentos antecipados por trabalhos que não realizava, especificava bombas de calor e ares-condicionados insuficientes para as necessidades dos clientes e instalava os equipamentos incorretamente.
No decorrer da investigação, ficou claro que o comerciante alegou falsamente que seu negócio estava em conformidade com a legislação sobre fluidos refrigerantes fluorados e que ele fez solicitações fraudulentas a dois órgãos de certificação.
O diretor técnico da agência inglesa de controle de fluorquímicos (Refcom), Graeme Fox, declarou que “estamos muito satisfeitos em ver esse caso chegar a uma conclusão adequada”, ressaltando que “as leis ambientais relativas às emissões de gases de efeito estufa foram introduzidas para garantir o uso responsável de substâncias prejudiciais ao meio ambiente e limitar seu manuseio e uso apenas por empresas e indivíduos devidamente qualificados e registrados” nos órgãos competentes.