O governo italiano aprovou lei para ratificar e implementar a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, acordo climático das Nações Unidas que visa reduzir a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) em mais de 80% até meados do século.
A ratificação da Itália ainda não foi incluída no site oficial do Secretariado do Ozônio da ONU, mas deixa apenas Espanha e Malta – dos 27 Estados membros da União Europeia – fora do tratato, embora a Espanha tenha declarado no mês passado que aplicará as medidas de controle e obrigações de apresentação de relatórios previstos no acordo ambiental fechado em Ruanda.
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Por serem inofensivos à camada de ozônio, os HFCs são usados em diversos tipos de produtos e equipamentos, principalmente como substitutos dos clorofluorocarbonos (CFCs) e hidroclorofluorocarbonos (HCFCs) em chillers, bombas de calor, condicionadores de ar, refrigeradores domésticos, câmaras de congelados, sistemas veiculares e instalações de refrigeração comercial e industrial.
Os HFCs mais comuns utilizados no mercado europeu são o R-134a, o R-404A e o R-410A. Embora eles sejam fluidos refrigerantes eficientes, não inflamáveis e de baixa toxicidade, seu potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) impulsiona a adoção de políticas com foco na redução de emissões, por meio de prevenção e controle de vazamentos, limitação e redução progressiva de seu uso, proibição em novos equipamentos, rotulagem adequada e fornecimento responsável.