A inovação é fundamental na indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (AVAC-R), especialmente devido a muitos tópicos atuais que têm uma conexão direta com o setor, como as doenças transmissíveis por via aérea, eficiência energética e crise climática.
Enfim, é fato que todas essas questões estão impactando diretamente o segmento e, de certa forma, funcionando como um catalisador para o crescimento e desenvolvimento do mercado global de climatização e refrigeração.
Consequentemente, estamos testemunhando cada vez mais o registro de patentes de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês), dispositivos de controle avançados e sistemas de gestão de energia, entre outras inovações.
De maneira geral, a tecnologia está se expandindo rapidamente e os novos produtos tendem a facilitar as instalações para os técnicos, fornecendo a seus usuários acesso instantâneo sobre o desempenho dos equipamentos.
Mas prever a próxima grande inovação do setor é, realmente, um exercício intelectual desafiador. No entanto, com base nas tendências que temos observado, parece que as áreas de dispositivos inteligentes e gerenciamento de energia serão as mais promissoras.
De qualquer maneira, a inovação no AVAC-R é contínua e está mais evidente do que nunca. Muitos fabricantes agora priorizam a eficiência energética, por exemplo.
Dispositivos inteligentes também estão em constante evolução, integrando-se a outros dispositivos e fazendo sua presença aumentar na indústria.
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As mudanças climáticas afetam diretamente o AVAC-R e, por isso, também estão estimulando a inovação.
Afinal de contas, os sistemas de refrigeração e ar condicionado são responsáveis por 7,8% das emissões globais de gases de efeito estufa, dos quais 63% se devem às emissões diretas (vazamentos) de fluorcarbonos (CFCs, HCFCs e HFCs) usados como refrigerantes e 37% à produção de energia elétrica necessária para manter as máquinas em funcionamento, segundo um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
Para fazer frente a essa demanda, os níveis mínimos de eficiência energética exigidos estão aumentando, assim como as regulamentações internacionais para limitar o uso de refrigerantes de alto impacto para o clima.
O setor também tem investido fortemente em novas soluções para a qualidade do ar interno (QAI). Com a pandemia de covid-19, ar limpo e tratado de maneira correta se tornou uma questão crucial para o funcionamento de edifícios comerciais.
Em suma, embora todos esperemos que o pior da pandemia tenha ficado para trás, ar saudável, clima e sustentabilidade estão impulsionando o mercado como nunca antes visto.