A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) está sendo pressionada pela indústria de refrigeração e por grupos de defesa do meio ambiente a proibir as vendas de equipamentos de ar condicionado com o fluido refrigerante R-410A.
A proposta consta de petições enviadas à autaquia embasadas na Lei Americana de Inovação e Fabricação (AIM), que autorizou o órgão a estabelecer regras para reduzir gradualmente a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) em todo o país.
Em geral, os fabricantes e ambientalistas pedem a probição de gases com potencial de aquecimento global (GWP) superior a 150 em sistemas de refrigeração e de substâncias com GWP superior a 750 em sistemas de ar condicionado.
No setor de ar condicionado, as regras devem começar a valer para todas as unidades domésticas e comerciais vendidas a partir de 1º de janeiro de 2025, com extensão para o segmento de máquinas com fluxo de refrigerante variável (VRF) a partir de 1º de janeiro de 2026.
Leia também
- EUA anunciam regras para cortar produção e consumo de HFCs
- Crise das commodities atinge mercado de gás refrigerante
- Índia ratifica pacto para eliminar HFCs, vilões do aquecimento global
Para o segmento de chillers, os representantes das indústrias e dos ambientalistas pediram para a proibição entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024.
As propostas, enfim, banem efetivamente o gás refrigerante R-410A, devido ao seu GWP de 2.088, deixando o fluido à base de hidrofluorolefina (HFO) R-454B, cujo GWP é de apenas 466, entre as principais alternativas para os novos sistemas.
A possibilidade de um GWP máximo de 750 para sistemas de ar condicionado também está sendo considerada pela Comissão Europeia (CE) no âmbito da revisão atual da legislação do bloco econômico sobre gases de efeito estufa (GEE) fluorados.
Para o segmento de refrigeração, as petições à EPA propõem a proibição do uso de refrigerantes com um GWP de 150 ou mais em todos os novos sistemas de supermercados, armazéns frigoríficos, alguns processos de refrigeração industrial e outros equipamentos estacionários a partir de 1º de janeiro de 2023.