Ao transferir sua filial gaúcha de Esteio para a vizinha Sapucaia do Sul, a paulista Friozem passará a ser um dos destaques do Ecoparque Lourenço & Souza, cujos 250 mil m2, fundados em 2016, funcionam em moldes semelhantes ao de centros empresariais como o de Cajamar, em São Paulo.
Com 15 mil m2, o mais novo parque produtivo da empresa terá capacidade para armazenar 26,4 mil paletes com produtos congelados e uma possibilidade de ampliação até 37 mil, com a consequente geração de algo em torno de 500 empregos, já em sua primeira etapa de operação.
Para dar esse novo salto, a Friozem, que atende atualmente forças do varejo como Carrefour, Sonda, Mambo e Imec, pretende investir praticamente uma quarta parte dos R$ 300 milhões faturados ao longo de 2023.
Escalada
Toda essa história bem-sucedida começou quando a Friozem aceitou a demanda do governo federal, em 1978, de manter congelados os estoques reguladores de carne importada, para conservar seu preço também intacto durante a entressafra, um começo até certo ponto discreto para quem hoje possui 11 operações em nove estados brasileiros.
”Além da expansão, mudanças de sites operacionais como esta envolvem a modernização das operações”, afirma o consultor especializado na área, Ozoni Argenton, da OAJ Consult. Devido ao seu porte, um negócio desse naipe não é o que se possa chamar de rotineiro, na visão do especialista.
”Mas reflete claramente a uma realidade frequente neste mercado em constante crescimento, que exige dos operadores logísticos uma adequação, muitas vezes a curto prazo, para atender as exigências e necessidades de sua clientela”, analisa.
Quanto à escolha de Sapucaia do Sul, o CEO da Friozem, Fábio Galesi Fonseca, aponta dentre os fatores decisivos a concessão de incentivo fiscal por parte da administração local, assim como a sua proximidade da unidade de Esteio – que será transferida para a nova -, à estratégica localização geográfica com relação a rodovias e portos e as perspectivas de expansão acalentadas para os próximos anos pela empresa.
Mercado
A cadeia do frio abrange empresas brasileiras de várias naturezas, tendo todas em comum participar da logística responsável pela manutenção da temperatura correta dos produtos perecíveis, em todas as etapas de seu processamento, armazenagem e transporte.
Segmentação
As atividades da área são segmentadas por: serviço (armazenamento, transporte e serviços de valor agregado); temperatura (refrigerado e congelado), aplicação (horticultura, carne, peixe, aves, produtos alimentícios processados, produtos farmacêuticos, Ciências Biológicas e Química e Outras Aplicações) e localização geográfica.
Números
Segundo a edição mais recente do Relatório MORDOR Intelligence, o setor envolve 23,3 milhões de metros cúbicos de instalações frigorificadas e, neste ano, deve movimentar US$ 2,67 bilhões, montante que tende a alcançar a cifra de US$ 4,31 bi nos próximos 5 anos.
Fonte: OAJ Consult