Perícia realizada pela Polícia Federal concluiu que “a mais plausível causa primária” do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi um curto-circuito num dos três aparelhos de ar-condicionado do auditório localizado no piso térreo do edifício.
Eles estavam ligados no mesmo disjuntor, revela o laudo divulgado hoje (4) pela PF. “Obviamente, não é algo normal”, salientou o perito criminal Marco Antônio Zatta.
Para piorar, não havia aterramento elétrico. E deficiências no sistema de combate a incêndio, como ausência de sprinklers no teto, foram apontadas como o terceiro fator agravante da tragédia ocorrida em setembro do ano passado.
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O fogo praticamente exterminou um acervo de mais de 20 milhões de itens, contendo vastas coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. Enfim, um patrimônio histórico de valor inestimável.
Apesar da nítida falta de zelo pela coisa pública, o delegado responsável pela investigação, Paulo Teles, disse que ainda não há resposta para “a mais importante pergunta, se alguém agiu de forma dolosa ou culposa”.