Em resposta à invasão da Ucrânia, fabricantes de equipamentos de refrigeração e ar condicionado de diversas partes do mundo estão suspendendo transações comerciais com a Rússia.
Em nota divulgada em seu site, a Johnson Controls informa que cumprirá as obrigações contratuais existentes “na medida do possível”, e em pleno cumprimento das sanções econômicas, não aceitando novos negócios ou pedidos.
A empresa também anuncia que doará US$ 250 mil para auxiliar nos esforços críticos de ajuda humanitária na Ucrânia.
“Nossas decisões e ações refletem nossos valores firmes e nosso compromisso de fazer o que é certo. Estamos inspirados pelo incrível apoio que nossos funcionários, clientes, parceiros e comunidades estão mostrando ao povo ucraniano e seus direitos”, destaca a nota.
O conglomerado multinacional americano sediado na Irlanda é líder na fabricação de equipamentos de climatização, combate a incêndio e segurança para edifícios, sendo conhecida no setor de refrigeração por suas marcas York, Sabroe e Frick.
Atualmente, a companhia emprega mais de 100 mil pessoas em cerca de dois mil locais em seis continentes. As vendas mundiais da empresa ultrapassam US$ 22 bilhões.
“A Johnson Controls e nossos funcionários em todo o mundo oferecem nossos desejos de paz e estabilidade para a Ucrânia e seu povo. Acreditamos que todos temos um papel a desempenhar na manifestação contra a violência e apoiamos as pessoas em todo o mundo que se uniram em solidariedade para promover a paz”, diz a empresa.
Leia também
- Bombardeio atinge armazém da Danfoss em Kiev
- Ucrânia pede ajuda da indústria de refrigeração europeia
- Em meio à guerra na Ucrânia, cobre e alumínio disparam
A companhia também salienta que “estamos focados em maneiras de ajudar nossas equipes locais e estamos fornecendo apoio aos esforços de ajuda humanitária na região. Embora estejamos gratos por todos os membros de nossa equipe na Ucrânia relatarem estar seguros, continuamos comprometidos em ajudar os esforços de socorro e apoiar os necessitados, incluindo aqueles que podem ser afetados como espectadores inocentes nesta situação horrível”.
Outro player forte do setor, a Panasonic diz que “estamos muito preocupados com a situação atual na Ucrânia e gostaríamos de expressar nossas profundas condolências a todas as vítimas. Esperamos que o mundo retorne à paz e à segurança o mais rápido possível”.
Em nota, a empresa revela que suspendeu negócios com a
Rússia e já doou aproximadamente US$ 173 mil para a Cruz Vermelha polonesa, que está apoiando refugiados, e para a Peace Winds Japan, uma organização não governamental (ONG) que presta assistência à Ucrânia.
“O grupo continuará monitorando os desdobramentos [da guerra empreendida pela Rússia] e fornecerá assistência humanitária quando necessário”, garante.
Ataque contra valores humanos
Em uma declaração contundente, a empresa alemã de refrigeração e aquecimento Viessmann também anuncia que interrompeu todas as remessas e importações da Rússia, incluindo peças de reposição.
“Como uma empresa familiar, vemos os ataques de Putin contra a Ucrânia como um ataque contra nosso mundo e valores humanos – um mundo em que preferimos viver, baseado em valores que melhoram o bem-estar das pessoas, como pensamento livre, discurso e tomada de decisão democrática”, afirma a companhia, que decidiu doar € 1 milhão para apoiar pessoas necessitadas.
Apesar de interromper todas cadeias de fornecimento de e para a Rússia, a Viessmann diz que cumprirá sua responsabilidade social com seus “membros da família russa”, continuando a pagar seus salários.
“Como uma grande família, cuidaremos de nossos funcionários e pessoas necessitadas na região em crise”, promete a empresa.
“Na Ucrânia, estamos comprometidos principalmente com nossos familiares e sua segurança nessas circunstâncias extremamente perigosas. Estamos fazendo tudo o que podemos para garantir que eles estejam seguros agora e no futuro próximo. Juntamente com a equipe de liderança local, fizemos os preparativos iniciais para a evacuação para comunidades seguras e acolhedoras nos países vizinhos e em toda a Europa. Todos os funcionários receberam ajuda financeira. Nossos colegas nos países vizinhos já se prepararam para receber e abrigar familiares ucranianos. Sua saúde e segurança é nossa preocupação imediata e continua sendo nossa principal prioridade”.
Segundo a Viessmann, a doação de € 1 milhão apoiará organizações de ajuda sem fins lucrativos como medida imediata. Em segundo lugar, fornecerá apoio no local sob a forma de transporte, alojamento, alimentação e medicamentos e, por último, apoio às pessoas na forma de oportunidades de educação e formação.