A equipe da Expedição do Clima, road trip organizada pela Super Ar em prol da Emenda de Kigali e da conservação da floresta amazônica, chegou na tarde desta segunda-feira (5) ao município de Três Lagoas (MS).
A viagem educativa, que tem como objetivo reforçar a importância da implementação do adendo ao Protocolo de Montreal no Brasil e da qualidade do ar interno (QAI) nos meios de transporte terrestre e veículos agrícolas, partiu hoje da capital paulista.
Amanhã (6), o professor Sérgio Eugênio da Silva, responsável pelo projeto, ministrará palestra gratuita sobre novas tecnologias e boas práticas para profissionais do setor na Associação Comercial e Industrial da cidade sul-mato-grossense, das 19h às 22h. Após o evento, haverá churrasco de confraternização.
De acordo com o docente, “o intuito da Expedição Transamazônica é conscientizar os refrigeristas acerca dos danos ambientais causados pelos gases de efeito estufa lançados na atmosfera por sistemas de refrigeração e ar condicionado instalados em carros, caminhões, ônibus, trens e tratores”.
Após a parada no estado do Centro-Oeste brasileiro, o grupo que participa da Expedição do Clima seguirá viagem rumo a Alter do Chão, Santarém e Altamira, no Pará.
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“Outro objetivo relevante da nossa jornada, que começou justamente no Dia da Amazônia, é defender a conservação da maior floresta tropical do mundo. Para nós, estar na estrada percorrendo o bioma amazônico e interagindo com os colegas da região é uma das melhores maneiras de ajudarmos a preservá-lo”, ressalta.
Segundo os organizadores, a previsão de chegada ao oeste paraense é no próximo domingo (10). No terça-feira que vem (13), o especialista deve palestrar sobre o mesmo assunto tratado em Três Lagoas na Associação Comercial e Industrial de Santarém (ACES), das 19h às 22h.
“Com a iminente ratificação da Emenda de Kigali, o Brasil deverá congelar o consumo de R-134a e outros hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) em 2024, reduzir seu uso em 10% a partir de 2029 e atingir redução de 80% até 2045”, salienta.
“Isso vai mexer diretamente com a cadeia do frio e o segmento de ar condicionado automotivo”, diz.
Na indústria de climatização automotiva, a expectativa é que o R-134a seja substituído, nos próximos anos, pelo Opteon YF (R-1234yf), uma hidrofluorolefina (HFO) levemente inflamável (A2L) e de baixo GWP desenvolvida pela Chemours e largamente adotada por fabricantes de automóveis nos EUA, Europa e Japão.
“Na indústria do transporte refrigerado, o fluido refrigerante a ser reduzido é o R-404A, um gás de efeito estufa quatro mil vezes mais potente que o CO₂”, complementa o engenheiro mecânico.
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