A primeira edição da Expedição do Clima, jornada em prol da conservação do meio ambiente e da sustentabilidade na indústria automotiva organizada pela oficina paulistana Super Ar, chegou ontem (7) à região do Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins.
O objetivo da viagem, que reúne empresários e profissionais do setor, é conscientizar os proprietários de veículos automotores sobre os danos ambientais causados pelos gases de efeito estufa (GEE) que vazam dos sistemas de ar condicionado de carros, ônibus, caminhões e tratores.
“Estamos engajados na luta para que o Congresso brasileiro aprove logo o projeto de decreto legislativo que inclui nosso País entre os signatários da Emenda de Kigali”, explica o professor Sérgio Eugênio da Silva, diretor da Super Ar e presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Automotivo da Abrava.
Segundo o engenheiro, cerca de “50 milhões de veículos leves, ônibus e caminhões circulam no Brasil com o fluido refrigerante R-134a, um hidrofluorcarbono (HFC) que, quando liberado na atmosfera, gera um impacto climático 1,3 mil vezes maior que o dióxido de carbono (CO₂)”.
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O docente lembra que o adendo ao Protocolo de Montreal, aprovado em Ruanda em 2016 e em vigor desde 2019, prevê a redução da produção e consumo de HFCs em 80% nos próximos 30 anos.
“A ratificação desse pacto climático poderia injetar no País, até 2023, US$ 100 milhões a fundo perdido para a modernização da indústria brasileira”, informa.
“Esses recursos são fundamentais para a capacitação de refrigeristas para lidar com novos fluidos refrigerantes, entre os quais o R-1234yf, uma substância à base de hidrofluorolefina (HFO) que apresenta baixíssimo potencial de aquecimento global [GWP, na sigla em inglês]”, afirma.
“Por sinal, esse fluorproduto, comercializado pela Chemours sob a marca Opteon YF, já é largamente adotado por fabricantes de automóveis norte-americanos, europeus e asiáticos”, acrescenta.
A manutenção correta e periódica dos motores e sistemas de ar condicionado, outra boa prática fundamental para reduzir emissões de poluentes e assegurar a qualidade do ar respirado por condutores e passageiros de veículos terrestres, também é uma das bandeiras levantadas pela expedição educativa.
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