A Mecalor atingiu, no início de dezembro, a produção de duas mil máquinas, um recorde histórico para o fabricante de chillers compactos, industriais e hospitalares, drycoolers, câmaras climáticas e climatizadores de precisão, entre outros equipamentos.
Este resultado fez a empresa caminhar na direção totalmente oposta à da economia brasileira como um todo. “O ano de 2017 foi muito bom, e fecharemos com crescimento superior a 60%”, comemora o diretor comercial da companhia brasileira, Marcelo Zimmaro.
“Conseguimos este resultado graças ao forte trabalho no campo das exportações, com a abertura de novos mercados, inclusive para equipamentos de ar condicionado de conforto, produtos que fabricamos há cinco anos. Lançamos também produtos e serviços que estão agregando para o faturamento da empresa”, salienta.
Carro-chefe da empresa, a produção de chillers refrigerados a água gelada – de 1 TR até 400 TR – ganhou embalo por meio de uma característica essencial desta indústria localizada no Parque Novo Mundo, zona leste da capital paulista: a força de seu departamento de engenharia, que faz e executa todo o projeto de instalação para o cliente.
Paralelamente, a indústria paulista investiu no aperfeiçoamento de seus drycoolers, que vêm ganhando terreno em substituição às torres de resfriamento, por serem mais ecológicos e econômicos. “É um produto que está há anos no mercado e que era muito caro, mas agora estamos experimentando um crescimento mais forte”, frisa Zimmaro.
Neste ano, a empresa lançou uma “torre seca” mais eficiente energeticamente, que consome somente 0,07 kW/TR e demanda menos espaço físico para sua instalação.
Em 2018, mesmo com as eleições de outubro e a Copa do Mundo da Rússia no meio do ano, a companhia acredita que será um período de crescimento mais moderado, dificilmente próximo da expansão registrada em 2017.
“Não esperamos crescer 60% de jeito nenhum no ano que vem. Afinal, crescer nesse ritmo atual por dois ou três anos seguidos é impossível, mas creio que possamos pelo menos atingir um bom patamar”, explica.
Indústria 4.0
Além de adotar fluidos refrigerantes que não agridem a camada de ozônio, a Mecalor promove diversos esforços na área de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, inclusive testando protótipos de equipamentos considerados disruptivos, projetos guardados a sete chaves.
“Também estamos investindo em compressores scroll com inverter integrado, equipamento bem inovador, com tecnologia da indústria 4.0, isto é, inteligência artificial, com aplicações para a conectividade das máquinas”, informa.
“Hoje, por exemplo, temos um chiller com um sistema que permite ao cliente acessá-lo remotamente, onde ele estiver, pela internet, alterando parâmetros e monitorando a máquina, podendo, inclusive, realizar pequenas intervenções”, complementa o executivo.
Zimmaro revela que a tecnologia de inteligência artificial nos softwares embarcados nas máquinas foram projetados para aumentar a disponibilidade dos equipamentos para seus usuários.
“Com isso, é possível, por exemplo, prever um desarme antes que ele aconteça e, a partir dessa informação prévia, agir sobre o equipamento, para que ele fique mais tempo funcionando, mesmo se houver uma situação de falha”, diz.