O imposto único, proposta de reforma tributária que prevê a substituição de todos os tributos brasileiros por apenas um, ganhou o apoio do Instituto Brasil 200, fórum empresarial lançado hoje (16) na capital paulista.
A ideia é que seja estabelecida uma alíquota de 2,5% sobre movimentações financeiras, e ambas as partes envolvidas em qualquer transação bancária (débito e crédito) seriam cobradas. Em caso de saques, a alíquota seria de 5%, para tributar as compras em dinheiro.
O novo sistema reduziria a carga tributária sem mexer na arrecadação, uma vez que a base de pagadores de impostos seria ampliada, conforme destacou o líder do movimento empresarial, Gabriel Kanner.
Segundo ele, o sistema tributário atual e a proposta de reforma por meio da criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) não agradam ao setor produtivo.
“O imposto único é imune à sonegação”, disse o empresário, ressaltando que essa “é a melhor proposta de reforma tributária que existe hoje no Brasil”.
- Brasil já tem mais de 100 ‘banqueiros individuais’
- Abrava vê com cautela acordo de livre comércio entre Mercosul e UE
- Leveros investe R$ 5 milhões em loja conceito inédita no País
“Vamos eliminar mais de 90 tributos. Essa será a revolução que nos colocará na era da modernidade e trará enormes ganhos para nossa produtividade e competitividade”, acrescentou.
A Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) também apoia a iniciativa. “O imposto único desburocratiza o sistema tributário, ataca a informalidade e, de quebra, ajuda a combater a corrupção”, argumentou o presidente da entidade, João Diniz.
Durante o lançamento do fórum empresarial em São Paulo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, mostrou-se favorável à proposta.
A pedido de Mourão, a imprensa foi barrada em sua palestra. Entretanto, empresários ouvidos reservadamente após sua apresentação confirmaram que ele está otimista quanto à implantação de um sistema tributário com um único imposto.