
Em recente entrevista ao jornal O Globo, Jorge Nascimento e Lúcio Flavio Moraes disseram achar muito difícil que a situação de 2023 se repita agora, mesmo a seca tendo chegado mais cedo ao Norte do País e indicando ser pior do que a anterior.
Respectivos presidentes de Eletros e Cieam, entidades que representam os fabricantes nacionais de eletroeletrônicos e das indústrias de Manaus, ambos atribuem tal expectativa a ações preventivas tomadas pelo setor.
A produção das 17 indústrias sediadas no Polo Industrial de Manaus caminha, por exemplo, para um recorde histórico, tendo crescido 83% de janeiro a julho ante a igual período do ano passado.
Além disso, elas anteciparam a compra de insumos e também as entregas para as distribuidoras, antes deste início igualmente prematuro de seca.
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Foram ainda construídos piers flutuantes, permitindo embarque e desembarque de matérias-primas e produtos acabados em áreas onde os rios eventualmente permanecerem navegáveis.
Na prática, isso tudo tende a evitar, em boa parte, os graves problemas de logística enfrentados em 2023 pela falta de navegabilidade em grandes extensões de rios como Negro, Solimões e Amazonas.
Mas a solução, mesmo, é esperada quando o governo federal construir a já prometida rodovia, que deverá diminuir a dependência histórica do transporte fluvial naquela região.
Por ora, mesmo faltando três meses para a chegada do verão, alguns modelos de ar-condicionado já estão escasseando nas lojas, devido à procura atípica em pleno inverno e o consequente volume maior de pedidos a atender.
Entre as indústrias, por sua vez, já circulam informações de que as férias coletivas deste ano podem ser proteladas, como ocorreu em 2023, para garantir o abastecimento do mercado nos primeiros meses do ano, quando as vendas do setor sempre tendem a crescer mais ainda.