Os esforços para controlar a produção de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs) deram à humanidade uma chance melhor de enfrentar a atual crise climática.
É o que afirma um estudo recém-publicado na Nature sobre o Protocolo de Montreal e os gases que o tratado ambiental regula, notadamente os compostos à base de clorofluorcarbonos (CFCs).
Usando uma estrutura de modelagem que examinou o buraco na camada de ozônio, as mudanças climáticas, os danos dos raios ultravioleta (UV) às plantas e o ciclo do carbono, a pesquisa avaliou “os benefícios de evitar o aumento da radiação UV e as mudanças climáticas na biosfera terrestre”, conforme especifica o sumário executivo.
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Com base nas simulações avaliadas, os climatologistas descobriram que, se as diretrizes do Protocolo de Montreal não tivessem sido implementadas, o planeta poderia aquecer mais 2,5 °C até o final do século 21.
O melhor cenário atual delineado pelos cientistas – com base no atual aumento de 1 °C neste século – prevê que, até o final do século, a Terra vai aquecer 1,5 °C.
Isso significa que, se o Protocolo de Montreal não fosse assinado, a humanidade poderia enfrentar 3,5 °C de aquecimento global nos próximos 80 anos, revela o estudo.