
A gigante sueca Electrolux anunciou que 98% de toda a eletricidade utilizada em suas operações globais em 2022 veio de fontes renováveis. Em comunicado, a empresa destacou que este marco representa um grande passo em seu objetivo de garantir que 100% de sua energia elétrica seja proveniente de fontes renováveis até 2025.
A eletricidade é responsável por 60% do consumo total de energia do fabricante de eletrodomésticos e desempenha papel fundamental na meta da empresa de eliminar o uso de combustíveis fósseis em todas as suas operações até 2030, e em toda a sua cadeia de valor até 2050.
“A Electrolux já tem em funcionamento sistemas de energia solar fotovoltaica em plantas na Itália, Tailândia, Austrália, México, China, África do Sul e Suécia. Em 2022, esses sistemas evitaram a emissão de aproximadamente cinco mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) na atmosfera, gerando cerca de dez gigawatts-hora (GWh) de eletricidade”, revela a companhia.
“Estamos também comprando eletricidade renovável certificada, de modo a minimizar nosso impacto ambiental e impulsionar a demanda por energias renováveis em todo o mundo”, afirma o diretor global de energia da empresa, Tomas Dahlman, no comunicado.
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A Electrolux também está avaliando a viabilidade de acordos de compra de energia renovável (PPAs, na sigla em inglês), tanto em suas próprias instalações quanto fora delas. Esses acordos envolvem um empreiteiro terceirizado que instala, possui e opera um sistema de energia solar ou eólica em larga escala. A empresa tem a intenção de iniciar seu primeiro PPA ainda este ano.
Atualmente, 40% da energia total consumida pelo grupo vem principalmente do gás natural. Alguns processos que consomem muita energia, como fornos de esmaltação e pintura, ainda dependem dessa fonte devido a restrições financeiras e técnicas, e à oferta limitada de eletricidade renovável em certos mercados.
“Uma solução provisória que estamos considerando é a substituição do gás natural por biogás, algo que já testamos em alguns lugares, como em São Carlos, no Brasil, e estamos explorando oportunidades semelhantes na Itália”, diz Dahlman. “No entanto, a única solução sustentável a longo prazo é a transição completa para 100% de energia renovável.”
Em 2022, a fábrica em Cerreto d’Esi, na Itália, tornou-se a primeira planta do grupo a substituir completamente os combustíveis fósseis por eletricidade renovável em suas operações de fabricação. Desde outubro do ano passado, a produção da energia usada na planta não emite mais gases de efeito estufa para alimentar os processos fabris por lá, informa o comunicado.