A Ecoquest, empresa especializada em qualidade do ar interno (QAI), obteve três mil respiradores N95 para serem doados aos profissionais de saúde pública da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a doação foi viabilizada por meio de um contato com a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) diretamente com o provedor do hospital.
“Precisamos fazer a nossa parte e colaborar com quem tem a predisposição de ajudar”, disse a parlamentar no comunicado, acrescentando que “os números [sobre a covid-19] são alarmantes e o esforço tem de ser coletivo, e não individual,” para a sociedade vencer a pandemia da doença respiratória causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
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A máscara doada à instituição paulista atende a um padrão de filtragem de aerossóis adotado nos EUA e equivale, no Brasil, à peça semifacial filtrante com filtro P2 (PFF2), uma vez que ambas apresentam o mesmo nível de proteção contra agentes biológicos e materiais particulados.
Esse equipamento de proteção individual (EPI) filtra pelo menos 95% das partículas transportadas pelo ar e, durante a emergência de saúde pública, tem sido o modelo mais recomendado para os profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia.
Prevenção, o melhor remédio
Segundo o diretor geral da Ecoquest, Henrique Cury, a crise tem demonstrado que, quando a questão é sanitária, a prevenção sempre é o melhor remédio.
“Nesse sentido, chamamos a atenção para a importância de estarmos atentos à qualidade do ar em ambientes internos, como hospitais, shoppings, supermercados, indústrias, escritórios e salas de aula, onde as pessoas ficam reunidas e a proliferação se torna ainda mais crítica”, lembrou.
“A pandemia veio para modificar nossos hábitos e gerar uma nova cultura mundial de atenção com as práticas sanitárias, entre elas a da manutenção da qualidade do ar interno, na busca de se prevenir possíveis contaminações e suas consequências”, disse o executivo, ao ressaltar que existem tecnologias capazes de manter o ar de ambientes internos livre de patógenos.
“Já contamos com equipamentos com eficácia comprovada no combate a fungos, bactérias e vírus, incluindo o Sars-CoV-2”, informou Cury, referindo-se à ionização rádio catalítica (IRC), tecnologia testada em laboratório acreditado pela FDA, a agência de vigilância sanitária dos EUA.
De acordo com a Ecoquest, os ensaios laboratoriais realizados em conformidade com os protocolos da FDA demonstraram que a IRC foi capaz de eliminar, em apenas 15 minutos, 99,99% dos patógenos do tipo RNA, como os da nova cepa do coronavírus.
NOTA DA REDAÇÃO – A primeira versão deste post informava, erroneamente, que a tecnologia de descontaminação fotocatalítica fornecida pela Ecoquest era aprovada pela FDA, quando, na verdade, ela foi somente testada em laboratório acreditado pela agência de vigilância sanitária dos EUA, seguindo os protocolos estabelecidos pelo órgão. Enfim, o erro de interpretação de informação cometido durante a edição da reportagem foi corrigido.