O governo dinamarquês parece disposto a mudar o limite máximo de carga de hidrofluorcarbonos (HFCs) em novos sistemas de refrigeração e ar condicionado para cinco toneladas de dióxido de carbono (CO₂) equivalente.
A associação local de empresas de refrigeração e bombas de calor (AKB) informa que o Ministério do Meio Ambiente da Dinamarca pretende propor uma emenda à atual regra de carga máxima de dez quilos de HFC a partir de 2020.
O órgão iniciou um trabalho de análise sobre a mudança desse limite no fim de 2018. A análise foi inspirada num relatório de 2017 da AKB, que mostrou os benefícios para o clima ao substituir a regra atual de 10 kg por um limite de potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), a fim de encorajar a adoção de gases de menor impacto ambiental.
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Depois de participar de um workshop no Ministério do Meio Ambiente neste mês, a AKB disse em seu site que estava claro que o governo pretende propor essa emenda à legislação local.
Efetivamente, a mudança reduziria os limites de carga de fluidos refrigerantes com GWPs mais altos. Cinco toneladas de CO₂ equivalente corresponderiam a uma carga máxima de cerca de 2,4 kg de R-410A e 3,5 kg de R-134a, R-448A ou R-449A. Apesar de seu GWP mais baixo, a carga de R-32, usado como substituto do R-410A, estaria restrita a 7,4 kg.
A AKB diz que esses limites mais baixos devem ser vistos como parte de uma política de eliminação dos chamados gases de efeito estufa fluorados (f-gases). O Ministério do Meio Ambiente também considerou proibir totalmente, a partir de 2020, novas plantas com HFCs, informou a associação.
A Dinamarca tem liderado iniciativas de redução de HFCs desde 2001, quando adotou sua primeira legislação nacional sobre o tema. Isso incluiu a proibição do uso de f-gases para determinados fins, medidas tributárias e apoio à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias alternativas.