Dois mil e vinte um foi um ano de grandes desafios para a cadeia de abastecimento de cobre, alumínio e fluidos refrigerantes, entre outras commodities fornecidas em grande parte pela China.
Em setembro, o preço do contêiner registrou sua maior alta histórica, chegando a ficar 300% mais caro do que em relação ao mesmo período de 2020, segundo o World Container Index.
Aquele foi o mês em que, do dia para a noite, houve disparada generalizada dos preços dos gases refrigerantes no comércio de refrigeração e ar condicionado, deixando em pânico muitos profissionais do setor.
No início de outubro, contudo, o frete marítimo começou a oscilar timidamente para baixo, sem sofrer quedas significativas, até se estabilizar no início de novembro.
Por isso, o preço do transporte naval de um contentor de carga padrão não voltou ainda aos níveis pré-pandêmicos. De qualquer maneira, ele chegou a 18 de dezembro menos caro do que há quatro meses, custando “apenas” 169% a mais em relação a dezembro de 2020.
Previsões da indústria
Os gargalos da cadeia de abastecimento persistirão em 2022. Alívio mesmo só no começo de 2023, de acordo com as previsões da indústria.
A crise no ramo naval, que começou logo depois do início da pandemia de covid-19, foi agravada pelo fechamento intermitente de fábricas e portos para conter os picos de casos da doença.
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E as interrupções no transporte marítimo de carga não devem diminuir até o segundo semestre de 2022. Elas serão alimentadas globalmente por novos surtos de coronavírus, políticas rígidas de contenção da pandemia na China e o Ano Novo chinês em 1º de fevereiro, de acordo com um relatório das seguradoras Euler Hermes e Allianz.
“A boa notícia é que a urgência de reabastecimento claramente atingiu seu pico nos últimos meses e o nível dos estoques já está acima da média pré-pandemia na maioria dos setores”, salienta o documento.
