Um estudo realizado por 11.258 cientistas de 153 países declara que, “inequivocamente, a Terra está enfrentando uma emergência climática”.
A pesquisa, publicada na revista BioScience, ressalta que a situação pode provocar “sofrimento sem precedentes” se não forem colocadas em prática mudanças radicais para reduzir os fatores que contribuem para o aquecimento global
“Para garantir um futuro sustentável, precisamos mudar a forma como vivemos. Isso implica grandes transformações na maneira como nossa sociedade funciona e interage com os ecossistemas naturais”, afirmam os pesquisadores.
O estudo alerta que “a crise climática chegou e está se acelerando mais rapidamente do que muitos cientistas esperavam”. Enfim, o problema “é mais grave do que o previsto, ameaçando os ecossistemas naturais e o destino da humanidade”.
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“Os cientistas têm a obrigação moral de alertar a humanidade sobre qualquer grande ameaça. Com base nas informações que temos, fica claro que enfrentamos uma emergência climática”, disse um dos autores.
Para embasar o estudo, os especialistas analisaram informações recolhidas e publicadas ao longo de mais de 40 anos sobre o uso de energia, registros de temperaturas na superfície da Terra, crescimento populacional, desmatamento, perda de calotas polares, índices de fertilidade, emissões de dióxido de carbono e produto interno bruto (PIB) das nações.
Os signatários do documento apontam seis importantes medidas que poderiam ajudar a resolver o problema: reforma do setor de energia, redução de poluentes no curto prazo, restauração de ecossistemas, otimização do sistema alimentar, estabelecimento de uma economia livre de dióxido de carbono e uma população humana estável.
Apesar da gravidade da situação, os cientistas expressaram certo otimismo ao mencionar “um aumento recente na atenção para esse problema”, conforme destacou reportagem publicada hoje pela agência alemã Deutsche Welle.
“Vários órgãos governamentais fazem declarações de emergência climática, há greves de crianças em idade escolar, tribunais movem ações judiciais por danos ambientais, movimentos de cidadãos exigem mudanças, e muitos países, estados, províncias, cidades e empresas estão respondendo”, justificam os cientistas.