Um novo relatório da Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês) afirma que a “corrupção sistêmica” de autoridades alfandegárias tem favorecido a importação ilegal de fluidos refrigerantes para a Europa.
O documento, publicado na quinta-feira (8), aponta a Romênia como um dos principais pontos de entrada de hidrofluorcarbonos (HFCs) contrabandeados da China, através da Turquia e Ucrânia, para o continente.
A investigação sigilosa da organização ambientalista sediada em Londres, Inglaterra, mostra que, uma vez dentro da Romênia, os HFCs importados ilegalmente são destinados a mercados maiores, como Alemanha, Espanha, Bélgica, Itália, França e Reino Unido.
Os contrabandistas investigados revelaram a existência de redes transnacionais de pessoas físicas e jurídicas na Romênia, Turquia e mercados finais, como a Bélgica e a França.
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Um método de contrabando identificado envolve várias empresas na Romênia que compram coletivamente grandes remessas de HFCs enviadas da China para a Turquia, que são então divididas e transferidas para a Romênia, provavelmente via Bulgária.
Durante suas investigações, a EIA não teve nenhuma dificuldade para encontrar fornecedores dispostos a infringir a lei para fornecer HFCs contrabandeados, às vezes até em botijas descartáveis, embalagens proibidas na Europa.
Reuniões com indivíduos que afirmam ser comerciantes experientes revelaram prática rotineira de suborno de funcionários de aduanas e o uso de vans, caminhões refrigerados e ônibus de passageiros para transportar cilindros de HFCs.
Quatro comerciantes mencionaram aos investigadores que os pagamentos de propinas aos fiscais romenos para importar HFCs da Ucrânia variam de € 20 a € 30 por cilindro.
O relatório da EIA está disponível neste link.