Eventos climáticos extremos, como ondas de calor no hemisfério horte e temperaturas elevadas que marcaram o Brasil em setembro, indicam uma tendência de aumento na procura por soluções de climatização. Mas, como todos sabemos, essa busca por conforto térmico tem um custo ambiental.
Estudos revelam que os equipamentos de refrigeração e ar condicionado são atualmente responsáveis por cerca de 7% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). As projeções não são nada otimistas e indicam que a demanda por energia para climatização deve triplicar até 2050.
Com o objetivo de combater esse cenário, a Conferência do Clima de Dubai (COP28) dará destaque para ações focadas na redução dessas emissões. Uma das propostas em pauta é a formação de uma aliança global que se comprometerá em diminuir os GEE originados setor.
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Fontes próximas ao evento, como a Reuters, revelam que o Global Cooling Pledge sugere uma diminuição de, no mínimo, 60% dessas emissões até 2050. Essa iniciativa tem o respaldo da Presidência da COP28, atualmente sob liderança dos Emirados Árabes, e conta com o apoio da Cool Coalition, uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Vale destacar que essa proposta não surge isoladamente. Ela complementa a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, que já que prevê a redução escalonada de hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) no setor.
Para as empresas e profissionais brasileiros da indústria de refrigeração e ar condicionado, é fundamental que todos estejam atentos às resoluções da COP28, uma vez que elas podem direcionar novas tendências e exigências do mercado global.