Às véspera do Dia Internacional da Refrigeração, celebrado no próximo domingo (26) com o tema “Cooling Matters”, ou seja, “Refrigeração Importa”, destacamos como as tecnologias de refrigeração e climatização são essenciais para nossa sociedade e como elas estão mais presentes em nosso cotidiano do que imaginamos.
De acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 98,3% das famílias brasileiras declararam possuir pelo menos uma geladeira em suas residências e, em 2020, a estimativa era que existiam mais de 28 milhões de aparelhos de ar condicionado instalados no Brasil.
Além de aplicações em nosso dia adia, os sistemas de refrigeração e climatização são essenciais em toda a cadeia do frio. Da produção, conservação e transporte de alimentos, passando por industriais de aço e mineração, cultivo de flores, produção de medicamentos, climatização de aviões e hospitais, até a refrigeração de servidores e data centers globais, o controle da temperatura é parte crítica e essencial de nossas vidas.
Uma peça-chave para que os sistemas de refrigeração e climatização operem corretamente é o fluido refrigerante. O fluido refrigerante é a substância química responsável por realizar a absorção e rejeição de calor durante o ciclo de refrigeração garantindo assim o controle de temperatura.
Os primeiros fluidos refrigerantes fluorados desenvolvidos pela indústria na década de 1930 foram os clorofluorcarbonos (CFCs), como o R-11 e o R-12, que, apesar de serem eficientes e seguros para o ser humano, eram danosos ao meio ambiente uma vez que degradavam a camada de ozônio.
Em sequência, na década de 1950, foram desenvolvidos os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), como o R-22 e o R-141b, que, apesar de possuírem menor impacto ambiental, ainda contribuíam significativamente para a degradação da camada de ozônio.
Em 1990 foram, desenvolvidos os primeiros hidrofluorcarbonos (HFCs), como o R-134a e o R-410A, muito utilizados até os dias atuais, pois mantém o bom desempenho e não degradam a camada de ozônio, porém possuem elevado potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) e, consequentemente, contribuem para o efeito estufa e elevação da temperatura média global.
No Brasil, os CFCs e HCFCs atualmente são regulados pelas diretrizes do Protocolo de Montreal, que busca a eliminação total das substâncias químicas que degradam a camada de ozônio até o ano de 2040.
Por outro lado, os HFCs de alto GWP estarão regulamentados pelas diretrizes da Emenda de Kigali, globalmente ratificada por 135 países até o momento – no Brasil, seu está em processo de ratificação no Congresso.
Países em desenvolvimento como o Brasil possuem o calendário previsto de início do congelamento do consumo de HFCs a partir de 2024 e reduções gradativas a partir de 2029, até a redução de 80% do consumo no ano de 2045.
Simultaneamente aos protocolos internacionais, as agendas ESG, do inglês “Environmental, Social and Governance”, ou seja, “Ambiental, Social e Governança”, ganharam maior destaque nos últimos anos, de modo que a refrigeração e climatização se tornaram protagonistas no cenário de oportunidades de reduções de emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e), principalmente pela eficiência energética e pela escolha do fluido refrigerante a ser utilizado.
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Nesse sentido, foram desenvolvidos a nova geração de fluidos refrigerantes, as hidrofluorolefinas (HFOs) que não degradam a camada de ozônio e possuem baixíssimo potencial de aquecimento global. Sendo assim, não estão sob regulamentação do Protocolo de Montreal e da Emenda de Kigali, além de serem uma excelente solução para empresas com agendas ESG que buscam neutralidade de carbono a curto, médio e longo prazo.
As hidrofluorolefinas estão contempladas no portfólio da Chemours sob a linha Opteon de fluidos refrigerantes. Adotado inicialmente pela indústria em climatização automotiva, as HFOs hoje já estão em mais de 15 milhões de veículos produzidos anualmente com Opteon YF (R-1234yf), garantindo performance, segurança e sustentabilidade em suas aplicações.
Além do ar condicionado automotivo, as HFOs também estão presentes em inúmeros supermercados, frigoríficos e centros de distribuição com Opteon XP40 (R-449A) e Opteon XL20 (R-454C), que garantem reduções significativas no GWP e podem atingir reduções de consumo de energia de até 12%.
Em climatização e conforto térmico, Opteon XP20 (R-449C) é adotado como substituto do R-22 que permite a extensão da vida útil e redução de emissões de CO2 e, já o Opteon XP10 (R-513A) e Opteon XP30 (R-514A) são utilizados como soluções para retrofit de chillers com R-134a e R-123, respectivamente, enquanto o Opteon XL41 (R-454B) já foi adotado pelos principais fabricantes, como Carrier e Johnson Controls, para projetos de baixíssimo GWP.
O grande portfólio e a adoção contínua de Opteon como fluido refrigerante elevam as possibilidades de atingirmos uma indústria sustentável e carbono neutra de maneira gradual e definitiva. A economia sustentável e a preocupação climática fazem parte dos compromissos de responsabilidade corporativa da Chemours, no qual serão reduzidas 60% das emissões de gases de efeito estufa até 2030 com operações net-zero em carbono em 2050.
Além destes, a Chemours possui no total dez compromissos de responsabilidade corporativa que garantem sua classificação entre as cem melhores empresas ESG pela Investor’s Business Daily. Com a linha Opteon de fluidos refrigerantes, a Chemours oferece o melhor equilíbrio de soluçoes com performance, qualidade, segurança e sustentabilidade para auxiliar as empresas do setor a atingirem os compromissos de carbono neutro.
Por ocasião do Dia Mundial da Refrigeração, lembramos que a escolha do fluido refrigerante é crucial para garantir não apenas o crescimento da economia, mas, principalmente, a sustentabilidade de nosso planeta no longo prazo.
A busca e o atingimento dos objetivos de sustentabilidade definirão o futuro da agenda climática e confirmarão o comprometimento das empresa e indústrias do setor com o meio ambiente e com as próximas gerações.
* Lucas Fugita é especialista em serviços térmicos, estratégia e desenvolvimento de negócios da Chemours
Fontes consultadas