O Congresso Nacional promulgou a adesão do Brasil à Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, pacto climático celebrado na capital de Ruanda, em 2016. Agora, o texto do projeto que insere o País no acordo de redução de gases de efeito estufa fluorados segue para ratificação presidencial.
Depois de quatro anos de tramitação no parlamento, o Brasil, enfim, está prestes a depositar a documentação legal necessária na Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer parte do tratado, juntando-se a importantes economias, como China, Japão, Índia e União Europeia.
O objetivo do acordo é reduzir entre 80% e 85% a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) até 2045.
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Até o momento, 137 nações ratificaram o acordo ambiental de redução de HFCs utilizados em chillers, condicionadores de ar, refrigeradores, freezers, isolantes térmicos, aerossóis, solventes e retardantes de chama.
Segundo a ONU, esses fluidos refrigerantes, para aos quais já existem alternativas seguras e mais sustentáveis no mercado, podem ser até 12 mil vezes mais prejudiciais para o clima do que o dióxido de carbono (CO2).
Pelo acordo, os países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão congelar o consumo de HFCs em 2024, reduzi-lo em 10% até 2029 e atingir redução de 85% até 2045 Já os países desenvolvidos, que supostamente congelaram o consumo em 2019, devem alcançar redução de 85% em 2036.
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