A pandemia do novo coronavírus fez disparar a procura por serviços de manutenção de eletrodomésticos em todo o País, segundo mecanismos de busca on-line, aplicativos especializados e técnicos de serviços.
Nestes tempos, uma das demandas mais comuns dos consumidores diz respeito ao excesso de gelo no congelador de refrigeradores que não possuem a tecnologia de degelo automático conhecida como frost free.
Os profissionais do setor avaliam que, por causa da covid-19, a necessidade de evitar aglomerações e ir com menos frequência aos supermercados elevou o volume de alimentos armazenados nesses equipamentos e aumentou a frequência de abertura de portas.
Nos refrigeradores convencionais, o abre e fecha constante de sua única porta é uma das principais causas desse problema, assim como o armazenamento de vasilhas abertas com comida quente no congelador deles, termostato defeituoso e até mesmo porta desalinhada e/ou com borracha de vedação ressecada.
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Por mais contraditório que possa parecer, camadas espessas de gelo nas paredes internas do congelador formam um isolante térmico que impede os produtos estocados de atingirem temperaturas abaixo de 0 ºC, forçando o compressor a trabalhar mais.
Consequentemente, isso aumenta a conta de luz, conforme alerta o professor Anderson Oliveira, da escola Intac Treinamentos. “Excesso de gelo no congelador não quer dizer que o aparelho está gelando bem”, salienta.
Segundo ele, os congeladores dos eletrodomésticos que não têm degelo automático devem ser descongelados manualmente — ou seja, desligando-se esses aparelhos —, assim que a camada de gelo nesses compartimentos atingir cerca de um centímetro.
O docente ainda lembra que, geralmente, a maioria desses refrigeradores tem, dentro gabinete do congelador, um marcador indicativo do limite máximo da espessura do gelo.
Eventualmente, esse problema também aflige proprietários de equipamentos frost free. “Vários componentes podem causar esse defeito nos aparelhos com duas portas, como resistência de degelo, micromotor, fusível térmico e até sensores”, diz.
Aos consumidores que vêm enfrentando essa situação em casa, seja em suas geladeiras comuns ou frost free, o especialista recomenda consultar um refrigerista devidamente qualificado, para que as possíveis causas do defeito sejam corretamente avaliadas e solucionadas.
No vídeo abaixo, o professor dá dicas que ajudam a entender como evitar esse problema em geladeiras convencionais, usando como exemplo um equipamento residencial cujo congelador possui o referido apêndice que demarca o limite aceitável da espessura do gelo.
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